Pr. Luiz Carlos Tibúrcio
A Palavra que Deus nos dá hoje está em Gálatas 6.7-8: "Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará. Porque o que semeia na sua carne, da carne ceifará a corrupção; mas o que semeia no Espírito, do Espírito ceifará a vida eterna".
Há duas coisas urgentes aqui, meus irmãos. A primeira, aquilo que o homem semear, isso tambem ceifará; a segunda, e não nos cansemos de fazer o bem porque a seu tempo ceifaremos... Ceifai bons frutos em vossos pomares! Regozijai-vos com a vida eterna!
Meus irmãos, as Escrituras nos alertam de que tudo aquilo que semearmos também ceifaremos. E muitas vezes, semeamos uma semente de engano e de condenação. A vida é uma sementeira, e colheremos os frutos de toda a semente que se plantar.
1Co 6.9: "Não sabeis que os injustos não hão de herdar o reino de Deus? Não erreis: nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os maldizentes, nem os roubadores herdarão o reino de Deus". Aqui o Senhor nos dá vários alertas de que aqueles que cometem esses pecados, os quais são sementes do mal que germinaram, não herdarão o Seu Reino. Não se engane, não erre, não pense que na prática desse estilo de vida você herdará o Reino de Deus. Há uma advertência confrontadora contra o pecado. Paulo, nesta carta, não fala aos pagãos como o fez aos atenienses; mas é uma admoestação dirigida a uma igreja, para que ela não erre. Ele avisa-a de que a vida cristã não é um salvo-conduto para o viver libertino, dissoluto, pois esses não estão em conformidade com a atitude de um herdeiro do Reino de Deus, ao contrário, eles estão em oposição ao proceder de um herdeiro do Reino de Deus.
Vivemos, hoje, a polêmica questão da homofobia, onde se confunde preconceito com imoralidade. A Palavra de Deus é claríssima em relação a este pecado. Primeiro, ao referir-se ao efeminado, que é um homem com atitudes femininas; segundo, à prática, ao ato homossexual; e o Senhor é específico e direto ao afirmar que os que assim agem, na devassidão, não herdaram o Reino de Deus.
Efésios 5.6: "Ninguém vos engane com palavras vãs". Voltemos um pouco antes para entender do que o apóstolo fala. Versículo 2: "E andai em amor, como também Cristo vos amou, e se entregou a si mesmo por nós, em oferta e sacrifício a Deus, em cheiro suave". Não convém ao crente ser impuro; e prosseguindo: "Mas a prostituição, e toda a impureza ou avareza, nem ainda se nomeie entre vós, como convém a santos; nem torpezas, nem parvoíces, nem chocarrices, que não convêm; mas antes, ações de graças". Ou seja, sequer devemos pronunciá-las, mantendo-nos afastados das depravações, vivendo uma vida constante de graça... Quando estamos numa atitude de graça, testemunhamos ao mundo que tudo o que temos pertence a Deus, o qual nos tem honrado como despenseiros dos Seus bens, para o Seu louvor e glória! É isso que somos: mordomos, cuidadores dos bens do Senhor. Por isso, ações de graças nos dará o entendimento correto do que somos neste mundo, e a quem pertence todas as coisas.
Paulo diz mais: "Porque bem sabeis isto: que nenhum devasso, ou impuro, ou avarento, o qual é idólatra, tem herança no reino de Cristo e de Deus". Há pessoas que não adoram imagens, mas que amam o dinheiro, amam os seus bens, são obcecadas pelo que possuem. Que ao temerem possíveis dificuldades, a chance de se chegar os dias de penúria, agarram-se ao seu patrimônio pessoal demonstram falta de fé, a desconfiança de um idólatra. Não nos enganemos, pois todas essas coisas são sementes de engano e de condenação, e os seus frutos são a morte. São atitudes profanas que refletem uma vida a semear armadilhas as quais Deus reprova, e pelas quais eles serão castigados.
Tiago 1.22: "E sede cumpridores da palavra, e não somente ouvintes, enganando-vos com falsos discursos". Se alguém ouve a palavra e não obedece está enganando a si mesmo. Não é certo enganar aos outros, nem correto levá-los ao erro, mas ainda pior é enganar a nós mesmo. Sementes de engano e condenação... Quando alguém que se diz servo do Senhor ouve a Sua Palavra e não quer obedecê-la, é como os homens aos quais Paulo descreveu a Timóteo: são homens que aprendem sempre, mas nunca chegam ao conhecimento da verdade pois resistem à verdade, sendo corruptos de entendimento e abomináveis quanto à fé (2Tm 3.7-8)... Estão enganando a si mesmos. E esta é a maior agressão que um homem pode fazer a si, deixando de praticar aquilo que tem aprendido na Palavra.
Tiago continua: "Se alguém entre vós cuida ser religioso, e não refreia a sua língua, antes engana o seu coração, a religião desse é vã" (v.26). Encontramos outra semente de engano: o homem que não refreia a sua língua. Vejam quantas advertências Deus nos dá para não sermos rebeldes à Sua Lei, e para não julgarmos. Como Deus nos orienta a uma vida dirigida segundo a Sua Palavra, para que não andemos em pecados e permitamos que eles entrem sorrateiramente em nossas vidas. Exortando nossas mentes à obediência, pois não estamos na igreja para simplesmente aumentar o nosso conhecimento. Deus quer que através da Sua Palavra nos tornemos em servos melhores, submissos à Sua vontade, a qual é santa, perfeita e justa. Há uma finalidade clara nos ensinamentos do Senhor, não é fazer com que nossas cabeças se inchem de conhecimento, mas levar-nos à obediência da Sua maravilhosa vontade em nossas vidas.
Alguns crentes acreditam que já passaram da fase de ouvir essas exortações, as quais chegam aos seus tímpanos como ofensas graves. Não, meus irmãos! As orientações de Deus são para o nosso crescimento, para a nossa edificação... O Senhor continua exortando-nos: "Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós" (1João 1.8)... Sementes de engano!
Existem algumas seitas afirmando que atingimos um grau de perfeição tal que não pecamos mais; este é um engano de satanás. As nossas vidas devem ser observadas mediante as Escrituras, e se pecamos, devemos confessá-los a Deus.
1João 3.7: "Filhinhos, ninguém vos engane. Quem pratica justiça é justo, assim como ele é justo". Somente podemos praticar a justiça pela graça de Deus, e pelo poder do Espírito Santo, porque somente o Senhor é justo! Entendamos que é preciso uma dependência total de Deus, pois é Ele quem opera a Sua graça em nossas vidas, desviando-nos do mal. Muitas vezes o Senhor nos deixará passar por tribulações para percebermos que somos dependentes d'Ele. E Ele tem nos justificado, contudo, a Sua justificação não é uma licença para se viver em pecado, antes, é a permissão para vivermos segundo a Sua vontade. "Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres" (Jo 8.36). Graças a Deus por isso!
Provérbios 1.31: "Portanto comerão do fruto do seu caminho, e fartar-se-ão dos seus próprios conselhos". Neste mundo, ao semearmos, sabemos o que desejamos colher. Um lavrador não lança à terra uma semente ruim, de maneira alguma ele semeará uma herva daninha, mas ele plantará uma semente desejando obter frutos para o seu sustento. Contudo, ele não tem a garantia de que a semente vingará e de que colherá bons frutos. A vida cristã porém é diferente. Aquilo que semearmos isso colheremos. Salomão nos diz que os homens que não aceitaram a repreensão comerão dos frutos dos seus próprios caminhos maus e tortuosos.
Provérbios 6.14: "Há no seu coração perversidade, todo o tempo maquina mal; anda semeando contendas. Por isso a sua destruição virá repentinamente; subitamente será quebrantado, sem que haja cura". Que advertência, meus irmãos! As Escrituras não dizem que ele semeou mas que ele anda semeando. O homem que vive na impiedade, na depravação, em pecado constante, não se arrependendo do que faz e tenaz em rebelar-se contra Deus, esse homem será destruído, sem que haja cura.
Mateus 7.17: "Assim, toda a árvore boa produz bons frutos, e toda a árvore má produz frutos maus. Não pode a árvore boa dar maus frutos; nem a árvore má dar frutos bons. Toda a árvore que não dá bom fruto corta-se e lança-se no fogo. Portanto, pelos seus frutos os conhecereis". A Palavra de Deus nos apresenta a impossibilidade da árvore boa dar maus frutos, nem a árvore má dar frutos bons. Assim é na vida espiritual. Se nossas vidas estiverem no Senhor, produziremos frutos de justiça. Não depende tanto da árvore, depende da raiz, que é o Senhor. Depende daquele que sustenta a árvore que é o Senhor. Ainda que a nossa natureza queira realizar o mal, a graça de Deus nos impede e nos protege, levando-nos pelo caminho da justiça, na qual sendo guiados, mesmo que o nosso coração deseje nos guiar no mal, temos o gozo de saber que o Senhor não consentiu que os meus pés escorregassem. Como o salmista diz, quase os meus pés escorregaram, mas o Senhor não permitiu, firmando-me os passos, colocando-me sobre a Rocha. Amém, irmãos!... E toda a árvore que não dá bons frutos é cortada e lançada no fogo. Há um destino certo para a árvore que produz maus frutos: ela será queimada!
Irmãos, que frutos produzimos? Que tipo de árvore somos? Nosso destino é ser queimado? Estas são perguntas que devemos nos fazer diariamente.
Versículo 22: "Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitas maravilhas? E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniqüidade". Eles ouviram a Palavra de Deus, sentaram-se na congregação dos santos, mostraram sinais, expulsaram demônios, fizeram a obra do Senhor, mas a sua vida era uma vida de iniquidade. Precisamos da graça do Altíssimo para vivermos cada dia segundo a Sua vontade, vivendo cada dia para Ele.
Voltemos a Gálatas 6.7: "Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará". De Deus não se zomba! A Palavra é clara: "Porque o que semeia na sua carne, da carne ceifará a corrupção; mas o que semeia no Espírito, do Espírito ceifará a vida eterna". Há os que semeiam na carne: contendas, devassidão, corrupção... ceifarão condenação, ceifarão a destruição. Há os que semeiam para o Espírito; as sementes do Espírito são os Seus frutos: "amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança" (Gl 5.22)... Quantas vezes como cristãos somos tentados a agir sem amor, ser duros, críticos, tentados à infelicidade... Têm cristãos que não testemunham os frutos do Espírito. São crentes de caras fechadas, como se o mundo estivesse para demoronar a qualquer momento, sem paz, não a que provém das circunstâncias da vida, mas a paz que vem da certeza e da confiança de que o Senhor é fiel, misericordioso e cuida de nós... Longanimidade que é a paciência, quando em muitas situações sofremos injurias, perseguições daqueles que são ignorantes da fé... Benignidade que é parecido, mas um pouco diferente de ser bondoso, é estar sempre disposto a agir com atitude de bondade para com todas as pessoas... Fé, mansidão, temperança. São os frutos na vida do cristão, que devemos semear para com todos em nossa vida, testificando o caminhar pela fé no Senhor.
Gálatas 6.9: "E não nos cansemos de fazer bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não houvermos desfalecido". Porque o apóstolo está dizendo isso aos gálatas? Porque viver assim, é viver contra todo o tipo de oposição. Por isso, somos exortados a não descansar, e não nos cansar de fazer o bem.
Romanos 2.10: "Glória, porém, e honra e paz a qualquer que pratica o bem; primeiramente ao judeu e também ao grego; porque, para com Deus, não há acepção de pessoas". O mesmo Senhor que nos capacita a viver de uma forma que O agrada (mas que é boa para nós e nossos semelhantes), Ele também nos promete recompensas maravilhosas: glória, porém, e honra e paz a qualquer que pratica o bem. Interessante que muitos de nós temos instrução e entendimento da Palavra, mas insistimos em viver em oposição a ela, e esperamos colher bons frutos. Como podemos viver em rebeldia à Sua Palavra e esperar ter glória, honra e paz? É possível? Não! É preciso que primeiramente pratiquemos o bem, em obediência ao Senhor.
Paulo inicia com a promessa de glória, e não paz ou honra. Foi assim que aconteceu no Éden, quando o homem caiu da graça de Deus. Ele perdeu primeiro a sua glória, sua honra e a paz, pois todas elas nos são acrescentadas em submissão à vontade do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.
Será que poderemos desfalecer? Nos cansar? Mateus 24.12, diz: "E, por se multiplicar a iniqüidade, o amor de muitos esfriará". Será que a prática da iniquidade esfriará o nosso amor? Nosso zelo para com o Senhor? A nossa resposta somente poderá ser uma: não! Porque nada poderá nos separar do amor de Deus que está em Cristo Jesus nosso Senhor, "Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as potestades, nem o presente, nem o porvir, nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor".
2Co 9.6: "E digo isto: Que o que semeia pouco, pouco também ceifará; e o que semeia em abundância, em abundância ceifará". Paulo está nos falando aqui especificamente sobre a questão da contribuição na igreja. O Senhor nos ensina que dando nos será dado, uma medida recalcada, transbordante e sacudida. Estamos semeando bondade e justiça em abundância? Será que semeamos aquilo que nós mesmos iremos colher? "Se dissermos que não temos pecados, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós".
No Salmo 139. 23-24, encontramos a sabedoria: "Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração; prova-me, e conhece os meus pensamentos. E vê se há em mim algum caminho mau, e guia-me pelo caminho eterno".
Ceifai bons frutos em vossos pomares; regozijai-vos na vida eterna!
Sumário da mensagem pregada em 20 de Julho de 2008, no T.B.B.
*Todos os versículos são transcritos da Bíblia Almeida Corrigida e Fiel da SBTB(ACF)
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