Página de doutrina Batista Calvinista. Cremos na inspiração divina, na inerrância e infalibilidade das Escrituras Sagradas; e de que Deus se manifestou em plenitude no seu Filho Amado Jesus Cristo, nosso Senhor e Salvador, o qual é a Segunda Pessoa da Triunidade Santa
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quarta-feira, 22 de maio de 2024

Estudo em "Alicerces Firmes" - Aula 37: Gênesis 21 - Parte 2

 



Francisco Rodrigues

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TEXTO BASE:

"22. E aconteceu naquele mesmo tempo que Abimeleque, com Ficol, príncipe do seu exército, falou com Abraão, dizendo: Deus é contigo em tudo o que fazes; 23. Agora, pois, jura-me aqui por Deus, que não mentirás a mim, nem a meu filho, nem a meu neto; segundo a beneficência que te fiz, me farás a mim, e à terra onde peregrinaste. 24. E disse Abraão: Eu jurarei. 25. Abraão, porém, repreendeu a Abimeleque por causa de um poço de água, que os servos de Abimeleque haviam tomado à força. 26. Então disse Abimeleque: Eu não sei quem fez isto; e também tu não mo fizeste saber, nem eu o ouvi senão hoje. 27. E tomou Abraão ovelhas e vacas, e deu-as a Abimeleque; e fizeram ambos uma aliança. 28. Pôs Abraão, porém, à parte sete cordeiras do rebanho. 29. E Abimeleque disse a Abraão: Para que estão aqui estas sete cordeiras, que puseste à parte? 30. E disse: Tomarás estas sete cordeiras de minha mão, para que sejam em testemunho que eu cavei este poço. 31. Por isso se chamou aquele lugar Berseba, porquanto ambos juraram ali. 32. Assim fizeram aliança em Berseba. Depois se levantou Abimeleque e Ficol, príncipe do seu exército, e tornaram-se para a terra dos filisteus. 33. E plantou um bosque em Berseba, e invocou lá o nome do Senhor, Deus eterno. 34. E peregrinou Abraão na terra dos filisteus muitos dias."

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ÁUDIO DA AULA 37:

sábado, 11 de maio de 2024

Estudo em Alicerces Firmes - Aula 36: Gênesis 21 - Parte 1

 



Francisco Rodrigues

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TEXTO BASE:

"1. E O Senhor visitou a Sara, como tinha dito; e fez o Senhor a Sara como tinha prometido. 2. E concebeu Sara, e deu a Abraão um filho na sua velhice, ao tempo determinado, que Deus lhe tinha falado. 3. E Abraão pôs no filho que lhe nascera, que Sara lhe dera, o nome de Isaque. 4. E Abraão circuncidou o seu filho Isaque, quando era da idade de oito dias, como Deus lhe tinha ordenado. 5. E era Abraão da idade de cem anos, quando lhe nasceu Isaque seu filho. 6. E disse Sara: Deus me tem feito riso; todo aquele que o ouvir se rirá comigo. 7. Disse mais: Quem diria a Abraão que Sara daria de mamar a filhos? Pois lhe dei um filho na sua velhice. 8. E cresceu o menino, e foi desmamado; então Abraão fez um grande banquete no dia em que Isaque foi desmamado. 9. E viu Sara que o filho de Agar, a egípcia, o qual tinha dado a Abraão, zombava. 10. E disse a Abraão: Ponha fora esta serva e o seu filho; porque o filho desta serva não herdará com Isaque, meu filho. 11. E pareceu esta palavra muito má aos olhos de Abraão, por causa de seu filho. 12. Porém Deus disse a Abraão: Não te pareça mal aos teus olhos acerca do moço e acerca da tua serva; em tudo o que Sara te diz, ouve a sua voz; porque em Isaque será chamada a tua descendência. 13. Mas também do filho desta serva farei uma nação, porquanto é tua descendência. 14. Então se levantou Abraão pela manhã de madrugada, e tomou pão e um odre de água e os deu a Agar, pondo-os sobre o seu ombro; também lhe deu o menino e despediu-a; e ela partiu, andando errante no deserto de Berseba. 15. E consumida a água do odre, lançou o menino debaixo de uma das árvores. 16. E foi assentar-se em frente, afastando-se à distância de um tiro de arco; porque dizia: Que eu não veja morrer o menino. E assentou-se em frente, e levantou a sua voz, e chorou. 17. E ouviu Deus a voz do menino, e bradou o anjo de Deus a Agar desde os céus, e disse-lhe: Que tens, Agar? Não temas, porque Deus ouviu a voz do menino desde o lugar onde está. 18. Ergue-te, levanta o menino e pega-lhe pela mão, porque dele farei uma grande nação. 19. E abriu-lhe Deus os olhos, e viu um poço de água; e foi encher o odre de água, e deu de beber ao menino. 20. E era Deus com o menino, que cresceu; e habitou no deserto, e foi flecheiro. 21. E habitou no deserto de Parã; e sua mãe tomou-lhe mulher da terra do Egito."

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ÁUDIO DA AULA 36:

sábado, 16 de março de 2024

Estudo em "Alicerces Firmes" - Aula 28: Gênesis 17

 



FRANCISCO RODRIGUES

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TEXTO BASE:

"1. SENDO, pois, Abrão da idade de noventa e nove anos, apareceu o Senhor a Abrão, e disse-lhe: Eu sou o Deus Todo-Poderoso, anda em minha presença e sê perfeito. 2. E porei a minha aliança entre mim e ti, e te multiplicarei grandissimamente. 3. Então caiu Abrão sobre o seu rosto, e falou Deus com ele, dizendo: 4. Quanto a mim, eis a minha aliança contigo: serás o pai de muitas nações; 5. E não se chamará mais o teu nome Abrão, mas Abraão será o teu nome; porque por pai de muitas nações te tenho posto; 6. E te farei frutificar grandissimamente, e de ti farei nações, e reis sairão de ti; 7. E estabelecerei a minha aliança entre mim e ti e a tua descendência depois de ti em suas gerações, por aliança perpétua, para te ser a ti por Deus, e à tua descendência depois de ti. 8. E te darei a ti e à tua descendência depois de ti, a terra de tuas peregrinações, toda a terra de Canaã em perpétua possessão e ser-lhes-ei o seu Deus." 

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ÁUDIO DA AULA 28:


terça-feira, 30 de julho de 2019

Sermão em Lucas 1.11-13: Aquele que fez o ouvido não ouvirá?





Jorge F. Isah






1) Sabemos que o Senhor ouve orações. 

- Há vários relatos bíblicos mostrando o clamor dos servos ao Senhor, e a sua resposta atendendo-as. 

- O Salmos 94.9 diz: “Aquele que fez o ouvido não ouvirá?”

- Sim, é claro que o Senhor ouve!


2) Como ilustração, citarei alguns exemplos similares ao de Zacarias e Isabel, sobre promessas cumpridas. Leiam os textos indicados!

- Abrão e Sara, em Gênesis 18:9-14

- Isaque e Rebecca, em Gênesis 25:20-21

- Ana, em 1 Samuel 1:10-11, 17 -20.

- Agora temos o relato de Lucas acerca de Zacarias: Lucas 1:11-13

- Estes homens e mulheres clamaram ao Senhor insistentemente, como os casos de Isaque, Ana e Zacarias. Abraão já estava conformado em deixar os seus bens para um herdeiro nascido em sua casa, seu servo e mordomo Eliezer (Gn 15:2-4) . 

Por que estou fazendo essas comparações e distinções?


3) Existem estudos que apontam para a não insistência na oração. Dizem que devemos pedir a Deus apenas uma vez e confiar que ele ouviu e nos atenderá. Não devemos “molestar” o Senhor com súplicas repetitivas, incomodando-o. 

- Outros apelam para o poder da fé, no sentido em que, se nos investirmos da autoridade de Cristo (que nos é imputada), “determinando” que tal coisa aconteça, e não vacilarmos, todos os nossos pedidos serão atendidos (mesmo aqueles gastos com os nossos prazeres e deleite). 

- Outros mais, se rebelam à menor contrariedade, amaldiçoando e imputando a Deus a não realização do desejo, como se ele fosse um “gênio da lâmpada” e o evangelho “a lâmpada”, que esfregada obriga o gênio a realizar não apenas três, mas todos os desejos “ordenados” (o significado de determinar é o mesmo de ordenar, não somente pôr em ordem, mas instituir, estabelecer, decretar. Esta é uma prerrogativa divina, e jamais as criaturas, ainda que filhos e filhas, possam reconhecer como seu atributo). 

- E existem, ainda aqueles, que sequer creem no que oram, e não acreditam que o Deus pessoal está a ouvi-los. 

- Voltando aos textos sagrados, eles nos mostram a perseverança de alguns quanto ao pedido de oração, em clamar a Deus repetidas vezes pelo mesmo desejo. Mas também da simples disposição divina em atender-lhes, mesmo não pedindo algo específico, como o caso de Abraão.

- Caminhemos mais um pouco...


4) Tiago, por outro lado, nos diz que se pedir sem fé não receberemos o que pedimos (Tg 1.5-8). 

- Seria fé a certeza do que pedir, e de que Deus o atenderá? Ou a fé na certeza de que Deus está ouvindo? E o responderá positiva ou negativamente? Já que, para nós cristãos, o pedido não atendido é também resposta do Senhor para algo que não está em conformidade com a sua soberana vontade.

(Pensamento dobre: uma hora quer uma coisa, outra hora quer outra, não sabe ao certo o que quer ou pedir. Seria isso? Ou as dúvidas quanto o ouvir de Deus ao pedido?)


5) Por mais que se apontem “formas” para uma oração ser atendida, um tipo de oração bíblica, o fato é que Deus não age conforme os ideais e limites impostos pelo homem, mas sem sua infinitude e perfeição e sabedoria segundo o seu santo conselho. 


6) Paulo, por exemplo, pediu três vezes que Deus tirasse o espinho da sua carne. – 2 Co 12.8

- O que disse o Senhor ao apóstolo? “A minha graça basta!”

- O suficiente para trazer paz a Paulo, porque a graça é tudo o que o cristão necessita em sua totalidade. Foi assim com os patriarcas, profetas, apóstolos e cristãos em todos os tempos e lugares. 

- A aflição e inimizade do mundo para com os crentes é muito mais viva e real do que os favores ou benefícios que porventura nos dê. O sofrimento, por amor de Cristo e o evangelho, é a regra entre os cristãos. A exceção seria o reconhecimento e o favor do mundo. 


7) A oração antes de ser uma petição é intimidade com Deus, revelando a nossa dependência e sujeição a ele, e submissão à sua vontade.

- Deus sempre responderá às nossas petições, quer positiva ou negativamente. Atendendo ao pedido ou não, Deus está sempre a nos ouvir, e agirá segundo o seu santo conselho. 

- Ao não nos atender é sinal de que Deus não se compadece de nós? Nos abandonou? Deu-nos as costas? Certamente, não!


8) Vejamos o exemplo de Jó, homem reto e justo, ao ponto de aguçar a ira de Satanás, que pediu a Deus permissão para molestá-lo, de maneira terrível; primeiro tirando-lhe os bens e os servos, depois a casa e os filhos, por fim, a sua saúde. 

- Qual foi a sua resposta? Praguejar, insultar, amaldiçoar a Deus? Não: “Então Jó se levantou e rasgou o seu manto, e raspou a sua cabeça, e prostrou-se em terra e adorou; e disse: Nu saí do útero de minha mãe, e nu retornarei para lá; o Senhor o deu, e o Senhor o tomou. Abençoado seja o nome do Senhor. Em tudo isto Jó não pecou, nem culpou Deus de maneira tola.” ( Jó 1:20-22)

- Mas, o que fez a mulher de Jó? “Aconselhou-o” desgraçadamente: “Então disse a sua mulher a ele: Ainda reténs a tua integridade? Amaldiçoa a Deus, e morre. Mas ele lhe disse: Como costumam falar as mulheres tolas, hás falado tu. Se receberemos o bem da mão de Deus, não receberemos o mal? Em tudo isto não pecou Jó com os seus lábios” (Jó 2:9-10)


9) Lembre-se do que o Senhor disse a Paulo, e que aquietou-o, e deu paz à sua alma: 

“A minha graça lhe basta!”

- Oramos com essa certeza? Ou nos primeiras dificuldades nos sentimos injustiçados, desgraçados, sem graça?


10) Voltando a Lucas 1.18-20, mesmo o anjo aparecendo a Zacarias, ele duvidou e pediu-lhe provas. 

- Mesmo tratando com um incrédulo, Deus atendeu o seu pedido, segundo o conselho do seu Espírito, dando-lhe o filho insistentemente clamado: João o Batista. 


11) Então, que nos resta fazer?

- Fazer escolhas corretas e santas antes de orar, sabendo que o Senhor está ouvindo, confiantes nesta promessa. Depois, devemos orar, crer, esperar, e confiar que, qualquer que seja a decisão de Deus, ela será perfeita, santa e justa, pois contemplaremos a sua vontade. 

- Não duvidemos, portanto, de que ele ouve, nem do seu poder em atender o nosso pedido, mas se não o temos atendido, não saímos a blasfemar ou insultá-lo, porque, como Paulo bem o experimentou, a graça do Senhor é bastante para nós, hoje e sempre! 


Amém!

segunda-feira, 3 de junho de 2019

Sermão em Josué 1.5-6: Jamais te abandonarei!





Jorge F. Isah





 Ninguém te poderá resistir, todos os dias da tua vida; como fui com Moisés, assim serei contigo; não te deixarei nem te desampararei.
  Esforça-te, e tem bom ânimo; porque tu farás a este povo herdar a terra que jurei a seus pais lhes daria” (Josué 1.5-6)


INTRODUÇÃO:

- Nunca houve uma geração tão confiante em si mesma, na autossuficiência, e independência de Deus, do que esta, neste século. Contudo, nunca se viu pessoas tão fracas também. Que se desmoronam como uma torre de açúcar em meio a chuva. São facilmente abaladas, e o desespero, acompanhado de doenças psíquicas, parece a marca mais visível deste tempo.
- As pessoas acreditam, de uma forma geral, no próprio poder, cuidado, mas, também, nos poderes “sobrenaturais” do dinheiro, do poder, da imagem, como se estas coisas pudessem realmente ser o sustento e auxílio nos dias ruins.
- Em Hebreus 13.5, lemos: “Seja a vossa vida livre do amor ao dinheiro”.
- Sabemos que o amor ao dinheiro é perdição e pecado. O dinheiro, em si mesmo, não é mau ou bom; o uso que fazemos dele pode ser para o bem ou para o mal.
- Acontece que algumas pessoas acreditam estarem seguras pelo que têm ou possuem, confiando que estarão livres de males, sofrimentos e dores pela fortuna ou poder obtido.
-Por outro lado, esquecem-se de que essas coisas, quando postas na condição de garantir a segurança e o bem-estar, podem ser a causa de muitos males.
- Milionários e poderosos são sequestrados e mortos.
- São roubados e mortos.
- Acabam por gastar boa parte do seu dinheiro em jogos, drogas e orgias, além usarem outra boa parte na defesa do patrimônio e da vida. Mas ainda assim, morrem, como todo homem.
- E não há dinheiro que subsista diante das traições, estupidez ou a autoconfiança. Todas essas coisas ruem e caem por terra com a morte, com as perdas.
- O mundo clama por segurança, assim como clama por justiça, acreditando possível alcança-las pelo engenho e pela capacidade humana, alheio a Deus e seus preceitos, esquecendo-se de que o mesmo homem é a causa da insegurança e da injustiça.


MOISÉS, HOMEM PODEROSO POR DEUS

- Por outro lado, Deus é capaz de estabelecer homens poderosos, como o caso de Moisés. O relato do capítulo 34 de Deuteronômio, não deixa dúvidas quanto ao homem que ele foi, poderosamente capacitado pelo Deus de poder.
- A força e o poder de Moisés emanavam de Deus. Moisés sabia disso, não se auto exaltava ou gloriava-se do quanto fez, antes buscava servir a Deus, ansiando pela intimidade com ele.
- Quando Moisés desceu do monte Horebe, refletindo no rosto a glória de Deus, o povo não pode olhar para ele. Foi preciso cobri-lo com um pano até que a glória divina, e seu brilho esfuziante, se dissipasse.
- Ler e explicar Dt. 34:
1. ENTÃO subiu Moisés das campinas de Moabe ao monte Nebo, ao cume de Pisga, que está em frente a Jericó e o Senhor mostrou-lhe toda a terra desde Gileade até Dã;
2. E todo Naftali, e a terra de Efraim, e Manassés e toda a terra de Judá, até ao mar ocidental;
3. E o sul, e a campina do vale de Jericó, a cidade das palmeiras, até Zoar.
4. E disse-lhe o Senhor: Esta é a terra que jurei a Abraão, Isaque, e Jacó, dizendo: À tua descendência a darei; eu te faço vê-la com os teus olhos, porém lá não passarás.
5. Assim morreu ali Moisés, servo do Senhor, na terra de Moabe, conforme a palavra do Senhor.
6. E o sepultou num vale, na terra de Moabe, em frente de Bete-Peor; e ninguém soube até hoje o lugar da sua sepultura.
7. Era Moisés da idade de cento e vinte anos quando morreu; os seus olhos nunca se escureceram, nem perdeu o seu vigor.
8. E os filhos de Israel prantearam a Moisés trinta dias, nas campinas de Moabe; e os dias do pranto no luto de Moisés se cumpriram.
9. E Josué, filho de Num, foi cheio do espírito de sabedoria, porquanto Moisés tinha posto sobre ele as suas mãos; assim os filhos de Israel lhe deram ouvidos, e fizeram como o Senhor ordenara a Moisés.
10. E nunca mais se levantou em Israel profeta algum como Moisés, a quem o Senhor conhecera face a face;
11. Nem semelhante em todos os sinais e maravilhas, que o Senhor o enviou para fazer na terra do Egito, a Faraó, e a todos os seus servos, e toda a sua terra.
12. E em toda a mão forte, e em todo o grande espanto, que praticou Moisés aos olhos de todo o Israel.”

- Josué, homem cheio do Espírito de Deus, sucedeu a Moisés, liderando Israel. Igualmente, um homem cheio de fé, confiando nas promessas do Senhor.


AS PROMESSAS DADAS A MOISÉS SE CUMPREM

- Deus promete cumprir em Josué as promessas dadas a Moisés: “23.Também o Senhor, de diante de vós, lançará fora todas estas nações, e possuireis nações maiores e mais poderosas do que vós.
24. Todo o lugar que pisar a planta do vosso pé será vosso; desde o deserto, e desde o Líbano, desde o rio, o rio Eufrates, até ao mar ocidental, será o vosso termo.” (Dt 11.23-24)
- Josué 1.1-4:
“E SUCEDEU depois da morte de Moisés, servo do Senhor, que o Senhor falou a Josué, filho de Num, servo de Moisés, dizendo:
2. Moisés, meu servo, é morto; levanta-te, pois, agora, passa este Jordão, tu e todo este povo, à terra que eu dou aos filhos de Israel.
3. Todo o lugar que pisar a planta do vosso pé, vo-lo tenho dado, como eu disse a Moisés.
4. Desde o deserto e do Líbano, até ao grande rio, o rio Eufrates, toda a terra dos heteus, e até o grande mar para o poente do sol, será o vosso termo.
- A promessa de Deus a Josué é a de que, assim como ele cuidou de Moisés, cuidaria dele também.


“NINGUÉM TE PODERÁ RESISTIR”

- Ex 3.11-14:
11.“Então Moisés disse a Deus: Quem sou eu, que vá a Faraó e tire do Egito os filhos de Israel?
12. E disse: Certamente eu serei contigo; e isto te será por sinal de que eu te enviei: Quando houveres tirado este povo do Egito, servireis a Deus neste monte.
13. Então disse Moisés a Deus: Eis que quando eu for aos filhos de Israel, e lhes disser: O Deus de vossos pais me enviou a vós; e eles me disserem: Qual é o seu nome? Que lhes direi?
14. E disse Deus a Moisés: eu sou o que sou. Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel: eu sou me enviou a vós.”
- Deus prometeu estar sempre com Moisés, cuidando dele;
- Moisés não confiou em si mesmo; demonstrou humildade; como líder poderia exigir que os israelenses o ouvissem de qualquer maneira. Ele não se preocupou com a forma como ele viu Deus, mas como o próprio Deus se apresentou a ele, levando-o não segundo o seu parecer e vontade, mas segundo a vontade divina, e na forma como Deus quis ser conhecido.
- O “Deus de vossos pais”, aquele que se apresentou a Abraão, Isaque e Jacó, o mesmo Deus que sempre cuidou de Israel, e agora continuará cuidando.
- Se antes era conhecido como o Deus dos patriarcas, agora queria ser identificado pelo que era: o poderoso “Eu Sou”, aquele que não foi, nem será, mas sempre é. O Deus imutável e soberano, diante do qual a nação israelita deveria se curvar e adorar.
- Moisés não questionou a Deus. Não tentou encontrar uma maneira mais adequada de apresentá-lo ao povo. Ele simplesmente ouviu-o, declarando-o aos seus conterrâneos tal como se identificou.
- Assim como o Senhor disse a Moisés “Certamente eu serei contigo”, ele repetiu a mesma promessa a Josué, e se cumpriria na vida do discípulo de Moisés: “assim serei contigo”.
- Essa deveria ser a certeza na vida de Josué. E como a viu cumprida na vida de Moisés, pois foi testemunha ocular do cuidado divina para com o seu mestre, assim ele estava seguro de que a promessa seria realidade em sua vida.
- Por fé, ele e Moisés creram na promessa e colocaram-se completamente nas mãos de Deus.
- É o que nos revela Hb 11.24-34:
“24. Pela fé Moisés, sendo já grande, recusou ser chamado filho da filha de Faraó,
25. Escolhendo antes ser maltratado com o povo de Deus, do que por um pouco de tempo ter o gozo do pecado;
26. Tendo por maiores riquezas o vitupério, de Cristo do que os tesouros do Egito; porque tinha em vista a recompensa.
27. Pela fé deixou o Egito, não temendo a ira do rei; porque ficou firme, como vendo o invisível.
28. Pela fé celebrou a páscoa e a aspersão do sangue, para que o destruidor dos primogênitos lhes não tocasse.
29. Pela fé passaram o Mar Vermelho, como por terra seca; o que intentando os egípcios, se afogaram.
30. Pela fé caíram os muros de Jericó, sendo rodeados durante sete dias.
31. Pela fé Raabe, a meretriz, não pereceu com os incrédulos, acolhendo em paz os espias.
32. E que mais direi? Faltar-me-ia o tempo contando de Gideão, e de Baraque, e de Sansão, e de Jefté, e de Davi, e de Samuel e dos profetas,
33. Os quais pela fé venceram reinos, praticaram a justiça, alcançaram promessas, fecharam as bocas dos leões,
34. Apagaram a força do fogo, escaparam do fio da espada, da fraqueza tiraram forças, na batalha se esforçaram, puseram em fuga os exércitos dos estranhos.”


“ESTAREI CONTIGO”

- Deus não disse a Josué que ele teria uma vida confortável, segura, sem percalços e livre de problemas. Ao dizer que estaria com ele não estava assegurando-o de uma vida de tranquilidade plácida, de bem-estar e afortunada. Não no sentido mormente conhecido de riquezas e conforto materiais.
- Afirmando estar com ele, não o desamparando, nem o abandonando, Deus garantia que mesmo diante das lutas, aflições e angústias da vida, Josué seria próspero e vitorioso.
- Sim, porque a vitória não é apenas aquilo que vemos ou tocamos, mas a expectação, a esperança do porvir.
- A vitória é termos a presença e o cuidado de Deus em nossas vidas. Seja nas lutas, provações, incertezas, injustiças e perseguições.
- Os profetas foram mortos, mas esperaram no Senhor.
- Os apóstolos foram mortos, mas esperaram no Senhor.
- Cristo morreu, esperando no Senhor.
- Os santos morreram, esperando no Senhor.
- Porque a promessa é: não te abandonarei!
- Não somente a Josué ou Moisés ou Paulo, mas também para todos nós.
- Esta promessa é válida para todos os crentes, em todos os tempos, de sorte que não podemos negligenciá-la, deixando de crer, e esperar, no zelo dedicado do Senhor.


NADA NOS SEPARA DO AMOR DE CRISTO

- A exortação de Deus para Josué é “esforça-te e tem bom ânimo”!
- Também o foi a Moisés.
- Nos é feita agora, não importa o que você esteja passando. Não importa o sofrimento que tenha. As lutas pelas quais atravessa. A injustiça, e até mesmo o desânimo, que o leva as vezes a dizer: “Por que eu, Senhor?”
- A dúvida na maioria das vezes no soterra, nos joga mais fundo no desânimo, no sofrimento, na angústia. Ela de nada serve para nós, para o nosso bem. É apenas instrumento de destruição, de afastamento de Deus, de incredulidade.
- Entretanto, a promessa do Senhor é clara: nada pode nos afastar do amor de Cristo!
- Pense bem, agarre-se a esta promessa. Novamente: nada nos afastará do amor de Cristo! É impossível. Mesmo quando estamos no chão, nocauteados, prostrados, sem vislumbrar um amanhã vitorioso.
- Mas lembre-se: o que Deus promete, cumpre! Assim como Moisés provou, e também Josué, também provamos e provaremos sempre do cuidado e zelo de Deus para conosco.
- Romanos 8.31-39:
31. Que diremos, pois, a estas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós?
32. Aquele que nem mesmo a seu próprio Filho poupou, antes o entregou por todos nós, como nos não dará também com ele todas as coisas?
33. Quem intentará acusação contra os escolhidos de Deus? É Deus quem os justifica.
34. Quem é que condena? Pois é Cristo quem morreu, ou antes quem ressuscitou dentre os mortos, o qual está à direita de Deus, e o que também intercede por nós.
35. Quem nos separará do amor de Cristo? A tribulação, ou a angústia, ou a perseguição, ou a fome, ou a nudez, ou o perigo, ou a espada?
36. Como está escrito: Por amor de ti somos entregues à morte todo o dia; somos reputados como ovelhas para o matadouro.
37. Mas em todas estas coisas somos mais do que vencedores, por aquele que nos amou.
38. Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as potestades, nem o presente, nem o porvir,
39. Nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor.”
- Citar o caso do Pr. Richard Wurbrand, de como foi preso injustamente, apenas por amor a Cristo, ele e tantos cristãos lançados nas masmorras do regime comunista na Romênia, por 14 anos, privado da sua liberdade, da sua dignidade, torturado, vivendo miseravelmente com outros irmãos, vendo-os perecer cruelmente pelas mãos dos seus algozes, jamais negou o Senhor, e manteve-se ativo, de tal forma que, entre os soldados, alguns se converteram.
- Assim como Paulo fez entre os soldados romanos.
- Assim como, neste momento, irmãos chineses, norte-coreanos, entre outros, têm suas igrejas destruídas, são presos, torturados e mortos por um único motivo: não são capazes de negar o amor que Cristo devotou-lhes, e como o seu Senhor, sofrem perseguições, ofensas e injúrias, na esperança viva de estarem sempre sobre os cuidados de Deus.
- Nos países islâmicos, ser cristão é sentença de humilhação e morte. Mas os que são de Cristo, não o negam, e entregam a própria vida em louvor e culto e adoração.


CONCLUSÃO

- Pode parecer um conto-de-fadas, estórias da carochinha, mas os relatos dos mártires, antigos e modernos, estão aí, para não me deixar mentir.
- Você pode dizer, mas essa não é a minha realidade. Há outros tipos de lutas e perseguições, sejam no trabalho, na escola, na comunidade, na minha própria casa, que me parecem insuportáveis.
- Sei que é mais fácil citar os grandes exemplos, daqueles homens e mulheres e crianças abnegadas que entregaram tudo, inclusive a própria vida, por amor do Senhor.

- Mas até que ponto estamos preparados para entregar um centésimo da nossa vida? Um décimo da nossa vida? Podemos abrir mão de algumas horas, de algumas distrações, de alguma diversão, descanso ou de outras coisas que consideramos importantes, deixando-as, ainda que momentaneamente, para servir a Cristo? Como o próprio Senhor disse: 


“Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome cada dia a sua cruz, e siga-me.
Porque, qualquer que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á; mas qualquer que, por amor de mim, perder a sua vida, a salvará.” (Lc 9.23-24)


- Não estamos nos tornando em vítimas de nós mesmos? Ao deixamos que os problemas e aflições, as vezes não tão agudos, nos afaste de Deus, e nos arraste para a autopiedade?
- A incredulidade é isso, é olharmos para nós mesmos, e esquecer-nos de olhar para Deus. A incredulidade é quando não há mais ninguém além de nós mesmos.
- Algo verdadeiro é de não podemos encontrar solução que nos faça vencer (não uma vitória momentânea e fugaz) sem olharmos fixo para Cristo, e nele depositarmos não somente a esperança de tempos gloriosos, mas também de que as agruras e sofrimentos são a glória, não minha ou sua, mas de Deus.
- Então, não importa o momento no qual esteja vivendo, pelo qual esteja passando, se suas lutas parecem maiores do que a sua força, pois certamente o homem sucumbirá, mais cedo ou tarde, à sua fraqueza, não desanime ou entregue-se à descrença. Mantenha-se firme na fé, peça ao Senhor para aumenta-la, para auxiliá-lo e fortalece-lo, pois Deus é o único capaz de cuidar de nós, muito melhor do que nós mesmos podemos.  
- Deixe o Senhor guia-lo ao triunfo, apenas não desanime, persista em crer; assim como Moisés e Josué, homens pelos quais Deus fez maravilhas, a vitória não acontecerá mas já aconteceu, naquela cruz, há mais de 2.000 anos, quando Cristo levou sobre si as nossas dores, pecados e mortes, o amor venceu! Contra tudo e todos! O amor venceu!... O amor venceu!
- Para terminar, um pequeno trecho escrito por Santo Agostinho, sobre o Deus que devemos amar, e crer, e confiar:

“Amo somente a ti, sigo somente a ti, busco somente a ti, estou disposto a servir somente a ti e desejo estar sob a tua jurisdição, porque somente tu governas com justiça. Manda e ordena o que quiseres, mas sana e abre meus ouvidos para ouvir tuas palavras; sana e abre meus olhos para enxergar os teus acenos. Afasta de mim a ignorância para que eu te reconheça. Dize-me para onde devo voltar-me para ver-te e espero fazer tudo o que mandares. Suplico-te: recebe teu fugitivo, Senhor e Pai clementíssimo; já sofri muito; já servi demais aos teus inimigos, os quais sujeitas sob teus pés; por muito tempo fui ludibriado por falácias. Recebe-me, que sou teu escravo fugindo deles, que me receberam, estranho a eles, quando eu fugia de ti. Sinto em mim que devo voltar a ti. Abrase tua porta para mim, que estou batendo. Ensina-me como chegar a ti. Nada mais tenho que a vontade. Nada mais sei senão que se deve desprezar as coisas passageiras e transitórias e procurar o que é certo e eterno. Faço-o, Pai, porque é a única coisa que sei; porém, ignoro como chegar a ti. Ensina-me, mostra-me, oferece-me as provisões para a viagem. Se é com a fé que te encontram os que se refugiam em ti, dá-me fé; se é com a força, dá-me força; se é com a ciência, dá-me ciência. Aumenta em mim a fé, aumenta a esperança, aumenta o amor. Ó admirável e singular bondade tua!" (Solilóquios, página 19)

- O Senhor nos abençoe, hoje e sempre!




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