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quarta-feira, 24 de julho de 2013
Estudo sobre a Confissão de Fé Batista de 1689 - Aula 48: Autoridade e Sustento Pastoral - Parte 2
Por Jorge Fernandes Isah
Continuando o nosso estudo sobre a biblicidade da autoridade e do sustento pastoral, primeiramente, façamos um esclarecimento: Não sou pastor, seminarista, nem recebo salário da igreja da qual sou membro.
Segundo, muitos dirão: "Veja quantos pastores profissionais existem, que sugam tudo o que podem dos fiéis, extorquindo-os com falsas promessas de bênçãos enquanto se empanturram de dinheiro, gastando-o da forma mais mundana possível, em bens materiais e suntuosidade". Reconheço, é verdade. Há muitos líderes que "vendem" o Evangelho, tratando-o não menos que um produto rentável. Mas isso representa dizer que todos são mercenários? Que estão buscando o que lhes é próprio ao invés da glória de Deus? Não! E a despeito de todos os falsos mestres (os quais estão sob a ira de Deus), a Bíblia exorta a igreja a suprir as necessidades dos que pregam a palavra.
Terceiro, nossa igreja é pequena e de poucos recursos; auxiliamos o nosso pastor em seu sustento, contudo, ele trabalha secularmente seis dias por semana, 10 horas por dia, para suprir as necessidades de sua família. E percebo que se ele fosse um pastor de tempo integral dedicado à igreja, tanto os membros como os trabalhos evangelísticos seriam fortalecidos.
Quarto, não quero generalizar, mas, normalmente, os que atacam o sustento pastoral são aqueles que se acham dignos de serem crentes, desde que não tenham de sacrificar nenhuma parte dos seus bens. De certa forma, o que move os "mercadores da fé" é o mesmo que os move: a avareza, o amor ao dinheiro.
Quinto, há os que tentam espiritualizar o que não é espiritual. O Evangelho de Cristo é espiritual, porém, proclamado fisicamente pelo pregador, pela impressão de Bíblias (por mãos incrédulas, muitas vezes), em suma: por meios humanos. Tentar provar que a pregação do Evangelho não é trabalho (seja remunerado ou não) é contradizer o próprio tratamento dado à questão por Jesus (Jo 4.38, 5.17), e Paulo (1Co 3.8, 15.58; Cl 1.29; Hb 6.10).
Feito os esclarecimentos, analisemos alguns versículos que tratam do assunto:
1) "Quem jamais milita à sua própria custa? Quem planta a vinha e não come do seu fruto? Ou quem apascenta o gado e não se alimenta do leite do gado?" (1Co 9.7).
O que o apóstolo está dizendo? Aqueles que pregam o Evangelho que vivam do Evangelho (1Co 9.14). Paulo reinvindica o direito de ser sustentado em seu ministério pela igreja. Como afirma: "Ou só eu e Barnabé não temos direito de deixar de trabalhar?" (1Co 9.6). Provavelmente os coríntios acusavam Paulo de "mercadejar" o Evangelho, de procurar o benefício próprio, de pregar o Evangelho por motivos mundanos. Porém, revela-lhes que tanto ele como os demais apóstolos têm o direito de terem o sustento para si e suas famílias, e de que essa responsabilidade cabe à igreja (1Co 9.4-5). Não é o que parece ao afirmar "Esta é minha defesa para com os que me condenam" (1Co 9.3)? E "Digo eu isto segundo os homens?" (1Co 9.8). Ao que arremata: "Ou não diz a lei também o mesmo?" (1Co 9.8).
Paulo prossegue a argumentação protestando que, aquele que lavra e debulha (ou seja, aquele que trabalha), lavra e debulha com esperança de ser participante (1Co 9.10). E continua: "Se nós vos semeamos as coisas espirituais, será muito que de vós recolhamos as carnais?" (1Co 9.11). O apóstolo declara que esperava colher muito menos dos coríntios do que lhes tinha dado, mas ainda assim, esperava obter o necessário para a sua subsistência.
A sequência à qual Paulo expõe o seu pensamento é extremamente lógica, e impossível de não entendê-la, a menos que seja lida com premissas falhas. É o que muitos dirão, justificando-o com o v. 12: "Se outros participam deste poder sobre vós, por que não, e mais justamente, nós? Mas nós não usamos deste direito; antes suportamos tudo, para não pormos impedimento algum ao evangelho de Cristo".
Atentamos que o verso fala de um "direito" que o apóstolo possuía, o qual era o de ser mantido pela igreja. Porém, diante das dúvidas levantadas pelos coríntios, e da própria resistência da igreja em ajudá-lo, ele não "usou" esse direito, para que a descrença dos coríntios não aumentasse, e fosse "impedimento" para a proclamação do Evangelho. Dizer que Paulo censurou os ministros que são sustentados pela igreja é distorcer completamente o sentido daquilo que ele próprio diz.
Resumindo: Paulo não pregava o Evangelho por causa das recompensas, por aquilo que a igreja iria lhe dar; ele pregava o Evangelho por amor a Cristo e aos eleitos (2Tm 2.10), contudo, esperava que, como igreja, os irmãos suprissem as suas necessidades.
2) "Outras igrejas despojei eu para vos servir, recebendo delas salário; e quando estava presente convosco, e tinha necessidade, a ninguém fui pesado" (2Co 11.8).
Qual de nós, vendo o irmão em necessidade, vira-lhe as costas? Foi o que os coríntios fizeram em relação a Paulo. E ele os exorta com tristeza, sabendo que negligenciaram o seu compromisso para consigo; porém com o nítido objetivo de não somente apontar-lhes o erro, mas de levá-los ao arrependimento e correção. Senão, por que tocar no assunto?
Há quem entenda que Paulo está condenando os que recebem salário, como alguém que é "pesado" à igreja, um usurpador (ao contrário, o que ele diz dos coríntios é que suas atitudes eram usurpadoras, eles é que "roubavam" dos macedônios ao receber o Evangelho de graça, sem nenhum sacrifício).
É claro que há casos e casos. Aqueles que se utilizam da posição de liderança no ministério para o enriquecimento, a abastança material, o deleite carnal, o consumismo desenfreado, e o apego sórdido ao dinheiro (seja pastor ou não) comete pecado, e é injusto. Em outras palavras, quem age assim sequer é convertido. Porém, o fato de muitos agirem desta forma (e, infelizmente, parece que o pastoreio se tornou num novo "toque de Midas" o qual transforma tudo o que põe a mão em ouro), não representa que o princípio da subsistência ministerial seja antibíblico.
Novamente, Paulo escreve aos coríntios dando-lhes "um puxão de orelhas", entre outras coisas dizendo que eles deveriam agir e viver como igreja. Havia muita divisão entre eles, muito sectarismo; e para a sua tristeza, especialmente por que plantara a igreja, eles o desprezavam em detrimento aos falsos apóstolos (2Co 11.1215) os quais, certamente, eram os que o caluniavam junto ao povo.
Ele defende-se de que, em nada é menor do que os demais apóstolos e, portanto, tem o mesmo direito que os demais tinham, inclusive o de viajar com sua família, como Pedro fazia (2Co 11.5). Mesmo solteiro, Paulo reivindica esse direito, o de constituir uma família e poder viajar com ela no seu ministério.
Temos de entender que o fato de Paulo pregar de graça aos coríntios, e os coríntios o receberem sem se preocupar com as suas necessidades, é motivo de glória para o apóstolo e de "desglória" para a igreja de Corínto, ainda que isso não os impediu de serem abençoados pela pregação do Evangelho. É o que ele diz: "Pequei, porventura, humilhando-me a mim mesmo, para que vós fôsseis exaltados, porque de graça vos anunciei o evangelho de Deus?" (v. 7).
À frente, no capítulo 12, vem-nos a confirmação: "Pois, em que tendes vós sido inferiores às outras igrejas, a não ser que eu mesmo vos não fui pesado? Perdoai-me este agravo... Eu de muito boa vontade gastarei, e me deixarei gastar pelas vossas almas, ainda que, amando-vos cada vez mais, seja menos amado" (2Co 12.13,15 - grifo meu). Parece-me que Paulo coloca os coríntios em pé de igualdade com as demais igrejas, a não ser pelo fato dele não ter sido "pesado" a ela. Em outras palavras, os coríntios estavam numa posição "inferior", em débito, por não terem com essa beneficência demonstrado "amor" ao apóstolo. É assim que Paulo os retrata: enquanto o seu amor por eles aumentava a ponto dele se sacrificar para pregar-lhes o Evangelho (o que implica em passar necessidades), a igreja de Corinto não se dispunha a auxiliá-lo em seu sustento, como prova de amor.
No fim das contas, o que importa é isso: o amor a Cristo e Seu Evangelho, o que resulta em obediência.
Apêndice: De certa forma, o mesmo sectarismo que Paulo aponta entre os coríntios, vemo-lo hoje. A Igreja está tão dividida, inclusive pelos que pregam unidade, pelos sem "placas" nem "nomes", pelos que se julgam filhos "exclusivos" de Deus, pelos que se consideram "libertos" mas estão presos ao pior farisaísmo existente, e acabam por se esquecer do principal: pregar o Evangelho de Cristo crucificado (1Co 2.2).
Perdemos tempo com "outros" evangelhos, e negligenciamos o que realmente importa. Com isso, não quero jogar para "debaixo do tapete" os problemas da igreja, muito menos pregar o evangelho ecumênico. Longe de mim cometer estes pecados. Mas, se ao invés de gastar o precioso tempo de que dispomos tentando "corrigir" os erros de outras igrejas e denominações, preocupássemos conosco, nossos irmãos e igreja certamente estaríamos "salvando" a nós mesmos e aos nossos queridos... Um minuto! Não confunda uma frase hiperbólica com salvação de verdade, a qual apenas o nosso Senhor Jesus Cristo é capaz de realizar. Quero dizer é que, nos preocupamos em "salvar" os outros (pelo menos nos enganamos com essa idéia), quando na verdade o nosso objetivo é "revelar" o quanto estão errados e desviados do caminho; e assim nós mesmos acabamos nos desviando do caminho, substituindo o amor pelo legalismo, a mera acusação, e a autoexaltação. E, por favor, não confundam essa declaração com a condenação à disciplina bíblica, pois a disciplina é atributo da igreja, do corpo local, e não de irmãos isolados que falam por si só, como se fossem a própria voz de Deus (estes, se forem eleitos, são alvos da disciplina divina).
Deus levantará segundo a Sua santa vontade irmãos que farão o trabalho apologético, defendendo a fé bíblica apontando o erro daqueles que são antievangelho, e mesmo dos cristãos que "deslizaram" em um princípio ou outro. Mas, infelizmente, o que acontece é que, de uma hora para a outra, a maioria se arrogou e arvorou apologista, e saiu "atirando" para todos os lados, como uma metralhadora descontrolada.
Enquanto isso, sorrateiramente, o diabo planta dentro do corpo local suas heresias, mas como nossos olhos estão voltados para os erros alheios (de outras denominações e outros irmãos denominacionais, cuja disciplina não está ao nosso alcance), permitimos que a nossa omissão e desleixo corrompa-nos também.
O pior é que muitos nem sequer participam do corpo local, acreditando num cristianismo solitário e individualista, numa clara rebeldia aos princípios bíblicos que dizem defender. No fundo, se consideram superiores e melhores do que os mandamentos de Cristo; e sentam-se confortavelmente em suas torres de observação, desprezando-a, ridicularizando-a, pois sequer passa-lhes pela cabeça submeter-se à autoridade com que o Senhor investiu-a.
São "livres" para bater à vontade, contudo, esquecem-se de que, caso sejam eleitos, a mão disciplinadora de Deus está sobre eles. Se não forem, não há disciplina, mas a condenção eterna os aguarda.
A melhor forma de se pregar o Evangelho de Cristo é pregando o Evangelho de Cristo, e não combatendo o antievangelho. Qualquer um pode combater (pois nem mesmo argumentos precisa-se ter, apenas vontade, disposição), mas poucos são capacitados a viver o Evangelho, pois para isso é preciso ser convertido por Cristo, regenerado e lavado no Seu sangue.
A melhor forma de se lutar contra a fraude e a heresia é expondo a verdade bíblica. De nada adianta refutar a heresia se não se obedece aos mandamentos do Senhor, e assim fazendo-o, demonstra não amá-lO (Jo 14.15) e, "em vão, porém, me honram, ensinando doutrinas que são mandamentos de homens" (Mc 7.7).
Portanto, é urgente que antes de se entrar numa "caça às bruxas", que se viva o Evangelho, testemunhando a Cristo nosso Senhor. Fim do apêndice.
Finalizando, transcrevo mais uma vez as palavras do apóstolo Paulo: "Os presbíteros que governam bem sejam estimados por dignos de duplicada honra, principalmente os que trabalham na palavra e na doutrina; porque diz a Escritura: Não ligarás a boca ao boi que debulha. E: Digno é o obreiro do seu salário" (1Tm 5.17-18); porque "se alguém também milita, não é coroado se não militar legitimamente. O lavrador que trabalha deve ser o primeiro a gozar dos frutos. Considera o que digo, e o Senhor te dê entendimento em tudo" (2Tm 2.5-7).
Timóteo ouviu.
E, nós?
Nota: 1- Aula realizada na EBD do Tabernáculo Batista Bíblico
2 - Baixe este áudio em Aula 47 A.MP3
Estudo sobre a Confissão de Fé Batista de 1689 - Aula 47: Autoridade Pastoral - Parte 1
Dando sequência ao nosso estudo sobre a igreja, analisaremos o aspecto
da autoridade e sustento pastoral. Neste estudo, já falamos sobre vários
pontos da igreja verdadeira e as marcas que ela detém, inclusive, a sua
autoridade sobre o crente. Apesar desta doutrina ser extensamente
descrita na Escritura, há cristãos que não a reconhecem, e, por isso,
desprezam-na. O que está ligado mais ao individualismo e à
autossuficiência do homem moderno [o qual tolamente se acha "senhor de
tudo" e autoridade final] do que da sua não expressividade canônica.
Vivemos tempos em que os crentes encontram-se tão ou mais rebeldes do
que os mundanos, acreditando em uma liberdade capaz de prescindi-los de
qualquer autoridade, ainda que muitos digam reconhecê-la em Cristo, mas
rejeitam-na completamente ao desconsiderar a autoridade que ele deu à
igreja e aos seus ministros; o que acaba por levantar a seguinte dúvida:
se não reconhecem a autoridade eclesiástica que veem, como reconhecerão
a Cristo que não veem? Eis a questão!
Iniciemos então pelos versos de 1Ts 5.12-13: "E rogamo-vos, irmãos,
que reconheçais os que trabalham entre vós e que presidem sobre vós no
Senhor, e vos admoestam; e que os tenhais em grande estima e amor, por
causa da sua obra. Tende paz entre vós".
A
palavra "presidir" significa “estar à frente”, “governar”,
“superintender”, mostrando uma qualidade de liderança, comando, de
alguém que tem autoridade sobre outro(s), que os direciona, levando-os à
obediência e ao cumprimento de determinadas ordens. Interessante frisar
que a obediência do crente em relação ao seu pastor ou presbítero é a
mesma a qual o pastor e presbítero devem estar sujeitos, a qual é a
autoridade da igreja; e, por isso, não é possível que eles ordenem ou
orientem um ou mais membros a agirem divergentemente das deliberações do
corpo local. É uma via de mão-dupla, na qual o pastor e presbítero são
aqueles que primeiro devem proteger as resoluções que a igreja deliberou
e não transtorná-las. Não há lugar para o despotismo ou a autoridade à
revelia do corpo local, pelo contrário, a autoridade pastoral se
fundamenta no poder com o qual o Senhor investiu a sua igreja, e a ela
está sujeita.
Apenas
como um adendo à nomenclatura, já que utilizo termos correlatos e que
em algumas denominações referem-se a funções distintas, creio que os
vocábulos, bispo, pastor e presbítero são sinônimos e significam, de
maneira geral, a posição daquela pessoa madura e experiente na fé capaz
de guiar e alimentar o rebanho do Senhor. Os oficiais da igreja governam
não para si mesmos, como dito, nem a partir de autoridade própria, mas
da autoridade investida por Deus, como servos [1Pe 5.1-4, conf Mt
20.26-27].
E
a prova maior de que nada do que estamos dizendo é falso, baseia-se no
fato de o próprio Deus, através do seu Espírito Santo, dar esses dons à
igreja. É o que Paulo nos diz em Efésios 4.10-13: "Aquele que desceu é
também o mesmo que subiu acima de todos os céus, para cumprir todas as
coisas. E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e
outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores, querendo o
aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação
do corpo de Cristo; até que todos cheguem à unidade da fé, e ao
conhecimento do Filho de Deus, a homem perfeito, à medida da estatura
completa de Cristo".
Deus
deu a alguns membros da igreja funções e ministérios especiais, de
forma que nem todos estão num mesmo nível funcional, numa igualdade de
atribuições, o que não pode ser nem significa inferioridade ou
superioridade espiritual de um membro sobre o outro. Se entende-se a
questão como uma mera disputa de poder, em que um pode mais sobre o
outro, a coisa deixa de ser espiritual para ser essencialmente carnal.
Afinal, todos são servos do mesmo Senhor, e o que nos diferencia é o dom
que o próprio Deus entregou a um e não a outro, e que entregou a outro e
não àquele. Parece, contudo, que o pastor, bispo ou presbítero são os
alvos mais adequados para os insubordinados, que chegam ao extremo de
desqualificá-los, menosprezá-los e até alegando a antibiblicidade de
seus dons. Ora, se não são bíblicos, por que a Escritura se esmera em
designá-los, descrevê-los e qualificá-los? O fato de haver falsos
pastores e mestres serve de negação para que não sejam reconhecidos os
pastores verdadeiros e que temem ao Senhor, servindo-o? Em quê a
quantidade daqueles que não honram o seu ofício e, em muitos casos, são
servos de satanás, anula a biblicidade do ministério e autoridade
pastorais? Com a palavra, os detratores...
O
que Paulo exorta-nos é, ao contrário, reconhecer a autoridade pastoral,
não como algo a ser realizado por soberba, orgulho ou vaidade, mas
reconhecendo que o pastor ou presbítero é aquele que serve mais
humildemente dentro do corpo local. É por isso que atitudes como a de
crentes que difamam e denigrem o dom pastoral, de maneira genérica, agem
com soberba e orgulho muito superiores à que afirmam denunciar. De
forma irresponsável e insana querem colocar todos no mesmo balaio em que
deveriam estar alguns. No fundo, toda essa empáfia serve apenas para
desculpá-los diante de si mesmos, demonstrando, via de regra, desdém
para com a igreja e o Evangelho, e um ensimesmamento, em que o intento é
a glória do próprio umbigo.
A
alegação de que tratam é que, se a maioria dos pastores está preocupada
com os seus próprios interesses, conclui-se que todos os pastores
também estão; se a muitos roubam, todos são ladrões; se há farsantes,
todos são impostores. Isso é de uma arrogância sem par! E de uma
leviandade ainda mais diabólica, nada condizente com a vida cristã.
Alegam-se oniscientes a ponto de mapearem todo o universo eclesiástico,
condenando-o, sem saírem de suas poltronas. Têm por fato algo que não
passa de especulação; e por direito algo que não foge de uma
reivindicação. É por isso que a Bíblia zelosa e sabiamente detalha em
minúcias quem está apto e quem não está ao ministério pastoral.
Infelizmente, há aqueles que querem os holofotes sem que tenham o
chamado de Deus. Há os que nem mesmo são convertidos, ou os que são
declaradamente ímpios em suas atitudes e desregramentos. Porém, nada
disso invalida o dom dado por Deus. E ele se preocupou em evitar que
tais trapaceiros se instalassem no seio da igreja. Paulo em 1 Tm 3:1-7 e
Tt 1:5-9, adverte para as qualidades que um pastor, presbítero ou bispo
devem ter, e o cuidado necessário para que a igreja decida-se em
alçá-los a esses postos. E as características, como indicativas de um
chamado divino, são reveladas exteriormente, de forma que qualquer um
possa vê-las, percebê-las e confirmá-las. Paulo nos dá uma lista de
distintivos que não são subjetivos, mas claramente objetivos e
assinaláveis. Especialmente que ele não seja neófito, "para não se
ensoberbecendo-se, não caia na condenação do diabo" [1Tm 3:6]; a
maturidade espiritual e a experiência na vida cristã devem ser pontos
fundamentalmente analisados pela igreja para sancionar um líder. E isso
não nos remete, necessariamente, à questão da idade, pois há jovens
muito mais maduros que velhos, ainda que, cronologicamente, espera-se
que um velho seja mais sábio que um moço.
A
questão é que o erro está, na maioria das vezes, no pouco zelo com que a
igreja estabelece seus líderes. Há casos em que um ministro é chamado à
liderança sem que preencha correta e adequadamente os princípios
estabelecidos pela Escritura para assumi-la. Indicações e até mesmo a
excelência acadêmica [graus e títulos que ele tenha] falam mais do que a
sua vida cristã. Prima-se hoje mais por um diploma teológico do que
pelo testemunho cristão. Com isso não estou desmerecendo o estudo, e,
sobretudo, o esforço de quem estudou anos para obter uma designação
acadêmica. Mas ela não é tudo, e muitas vezes torna-se em nada, dada as
inúmeras heresias que campeiam entre seminários e faculdades teológicas,
além de um desprezo a Deus e sua palavra, e o próprio fato de alguns
estarem no ministério sem chamado, santidade, zelo, e, mesmo sem
conversão. O que me leva a defender severamente a formação de líderes no
âmbito da igreja, dentro da própria igreja, primeiramente para que o
seu chamado seja confirmado por ela, segundo, para que o testemunho do
candidato, no decorrer dos anos, sirva de "certificado" para o cargo, e,
terceiro, para que ele seja conhecido de todos os membros, e ele os
conheça igualmente. Mas este é outro assunto, para outra hora...
Voltando
ao ponto central, da autoridade pastoral, leiamos Hb 13.17: “Obedecei
aos vossos guias e sede submissos para com eles; pois velam por vossa
alma, como quem deve prestar contas, para que façam isto com alegria e
não gemendo; porque isto não aproveita a vós outros.”
A expressão "guias" fala daqueles que vão à frente e conduzem o
rebanho, nitidamente dando-nos a ideia de liderança, daqueles que
exercem o cuidado das almas, dos membros do corpo local. Mas, com isso,
se quer dizer que há um grupo de irmãos que "fazem" o trabalho de Deus e
outro que somente assiste? Não! Ao menos, nunca devia ser assim. Uma
igreja que age dessa forma não entende o seu papel, nem compreende a
obra que tem de realizar. Uma igreja assim é presa fácil para homens
astutos, os lobos vorazes e cruéis que desejam destruir o rebanho,
conforme Paulo descreveu em Atos 20.29. Devemos nos lembrar de que uma
igreja bíblica não se constitui de um grupo de irmãos ativos e um grupo
de irmãos passivos, aqueles controlando estes e estes, simplesmente,
submetendo-se ao controle daqueles: “pelo contrário, cooperem os
membros, com igual cuidado, em favor uns dos outros” (1Co 12.25). Isso é
sabedoria, que vem dos céus, para a glória de Deus.
Continuaremos, na próxima aula, analisando a biblicidade da autoridade pastoral.
Notas: 1 - Aula realizada na EBD do Tabernáculo Batista Bíblico;
2 - Para maior consideração e detalhes, ouça o áudio da aula;
3- Baixe esta mensagem em aula 47.mp3
segunda-feira, 15 de julho de 2013
segunda-feira, 8 de julho de 2013
terça-feira, 2 de julho de 2013
segunda-feira, 24 de junho de 2013
quarta-feira, 19 de junho de 2013
Estudo da Confissão de Fé Batista de 1689 - Aula 45: "O fiel exercício da disciplina na igreja"
RESUMO DA AULA PASSADA:
Na aula passada falamos das marcas de uma igreja verdadeira, fundamentais para distingui-la em meio a tantas denominações que se auto intitulam cristãs.
Na aula passada falamos das marcas de uma igreja verdadeira, fundamentais para distingui-la em meio a tantas denominações que se auto intitulam cristãs.
2) A correta ministração das ordenanças -
- O Batismo - Mt 26.19-20;
- A ceia do Senhor - Lc 22.19-20.
Paramos no item 3) que é "O fiel exercício da disciplina".
Deixei, para os irmãos lerem durante a semana, dois versos, os quais leremos, novamente, agora:
Mt 18.15-20: "Ora, se teu irmão pecar contra ti, vai, e repreende-o entre ti e ele só; se te ouvir, ganhaste a teu irmão; Mas, se não te ouvir, leva ainda contigo um ou dois, para que pela boca de duas ou três testemunhas toda a palavra seja confirmada. E, se não as escutar, dize-o à igreja; e, se também não escutar a igreja, considera-o como um gentio e publicano. Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na terra será ligado no céu, e tudo o que desligardes na terra será desligado no céu. Também vos digo que, se dois de vós concordarem na terra acerca de qualquer coisa que pedirem, isso lhes será feito por meu Pai, que está nos céus. Porque, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles.".
e
Mt 18.15-20: "Ora, se teu irmão pecar contra ti, vai, e repreende-o entre ti e ele só; se te ouvir, ganhaste a teu irmão; Mas, se não te ouvir, leva ainda contigo um ou dois, para que pela boca de duas ou três testemunhas toda a palavra seja confirmada. E, se não as escutar, dize-o à igreja; e, se também não escutar a igreja, considera-o como um gentio e publicano. Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na terra será ligado no céu, e tudo o que desligardes na terra será desligado no céu. Também vos digo que, se dois de vós concordarem na terra acerca de qualquer coisa que pedirem, isso lhes será feito por meu Pai, que está nos céus. Porque, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles.".
e
1Co
5.1-5: "Geralmente se ouve que há entre vós fornicação, e fornicação
tal, que nem ainda entre os gentios se nomeia, como é haver quem abuse
da mulher de seu pai. Estais ensoberbecidos, e nem ao menos vos
entristecestes por não ter sido dentre vós tirado quem cometeu tal ação.
Eu, na verdade, ainda que ausente no corpo, mas presente no espírito,
já determinei, como se estivesse presente, que o que tal ato praticou,
Em nome de nosso SENHOR Jesus Cristo, juntos vós e o meu espírito, pelo
poder de nosso Senhor Jesus Cristo, Seja entregue a Satanás para
destruição da carne, para que o espírito seja salvo no dia do SENHOR
Jesus".
- O que fica claro para os irmãos nesses textos?
- Podemos falar em disciplina na igreja?
- Como? Por que?
Primeiramente, no texto de Mateus, temos, uma ordem cronológica no evento:
- O que fica claro para os irmãos nesses textos?
- Podemos falar em disciplina na igreja?
- Como? Por que?
Primeiramente, no texto de Mateus, temos, uma ordem cronológica no evento:
- Um irmão encontra-se em pecado;
- Ele é advertido por outro irmão, mas persiste no erro;
- É chamado à presença de mais um ou dois para, novamente, ser exortado ao arrependimento;
- É levado finalmente à igreja, visto não ter se arrependido;
- Ainda assim, se insistir em permanecer no pecado, não arrepender-se, revelando um coração duro e empedernido, a igreja deve considerá-lo como gentio ou publicano, como um incrédulo.
Então, temos o Senhor Jesus investindo a igreja de autoridade, da sua autoridade, ao dizer que onde dois ou três estiverem deliberando em seu nome, ali ele estará [v.19-20].
E, qual é a autoridade da igreja?
A que ela se refere?
Apenas em assuntos ligados à doutrina?
À ordem do culto?
Em deliberar como serão gastos os recursos financeiros da igreja?
Ou também nos assuntos relativos ao comportamento escandaloso de seus membros?
Há uma ideia de que esse verso se refere, pura e simplesmente, a qualquer reunião de crentes, o que é verdade, mas, no contexto de Mateus 18, especificamente, ele nos diz da autoridade com a qual Cristo investiu a igreja para deliberar, decidir, dirimir e aplicar todas as resoluções que foram tomadas no âmbito eclesiástico, inclusive, em relação à conduta dos seus membros. Mais do que estar no nosso meio [não entendam que eu esteja menosprezando ou conferindo somenos importância a um fato essêncial e fundamental: Cristo presente no seio da sua igreja], deu-nos a autoridade para resolver todas as questões relativas à igreja, inclusive, a de juízo, em e pelo seu nome. Quando decidimos algo, o fazemos em o nome de Cristo, e é ao nome dele que devemos honrar e ser leais.
Por isso Cristo está a tratar exatamente do pecado de um irmão e da necessidade de discipliná-lo. Não é algo ultrapassado, sem cabimento, nos dias atuais, pois os mandamentos do Senhor são eternos, e nenhum tratamento humano, seja filosófico, psicológico ou pedagógico pode suprimi-lo. De forma que a prática da disciplina eclesiástica é uma prova de maturidade, e amor cristão, tanto a Deus, como à igreja, como também ao irmão empedernido. Mantê-lo em seu pecado é dar um "empurrãozinho" em direção ao inferno; e se alguém considera o desdém como forma de acolhida, saiba que ele é prova maior de rejeição, de falta de apreço, e do exercício de um certo sentimento de superioridade que leva a não fazer caso da desgraça e do mal que acomete o pecador, mas também da igreja conivente com o seu pecado.
Quando se aborda o tema da disciplina estamos tratando diretamente de dois aspectos: a dependência do crente à igreja e a autoridade da igreja sobre o crente.
Alguém tem dúvidas de que seja isso o que o Senhor está dizendo?
Penso que a igreja, ao se omitir quanto a esse assunto, revela alguns sérios problemas.
Vamos agora a 1 Co 5.1-5; não vou transcrevê-lo novamente.
O que salta aos olhos dos irmãos nesta passagem?
O pecado, escândalo, de um irmão levou Paulo a comparar a igreja com o mundo, ou melhor, a considerá-la mais pecaminosa do que o próprio mundo.
O que os irmãos entendem quando Paulo chama os Coríntios de estarem "ensoberbecidos" [vaidosos, orgulhosos, soberbos]? Não é esse o sinal de desprezo que apontei acima?
A soberba, que é um tipo de autossuficiência, de se considerar superior e até mesmo intocado ou inatingível, levou a igreja a:
- Negligenciar e fazer vistas-grossas ao pecado;
- Tornou-se conivente com o pecado, associando-se a ele;
- Faltou o temor do Senhor, levando-a à insensatez [Pv 9.10];
- Faltou-lhe amor e piedade para com o irmão em pecado, sabendo que a prática exercida por ele flagrantemente afrontava a Deus;
- E eles mesmos desprezavam o conselho divino e a sua Lei;
- Por fim, tudo isso levou a igreja de Corinto a não se envergonhar do pecado daquele irmão, de forma que ele permanecia no meio deles. Paulo alertou-os de que o orgulho impediu-lhes de tirá-lo dentre eles [v.2].
Em seguida, invocando a autoridade dado por Cristo, falando em nome dele, pela união que há entre o espírito de Paulo e dos irmãos de Corínto [aqui temos o princípio da igreja invisível, espiritual e universal da qual já falamos, e pela qual a igreja tem autoridade para deliberar em todos os assuntos a ela pertinentes, em conformidade com o que Cristo disse em Mt 18.19-20, em uma clara relação entre o que o Senhor disse para fazer e Paulo, como apóstolo da igreja, fez], ele entrega o tal irmão pecador a Satanás, para que a carne seja destruída e o espírito seja salvo [v.5].
O que lhes parece isso? A carne destruída e o espírito salvo pela disciplina da igreja? Mas como se dá isso? E, por que?
Paulo diz o mesmo de Himeneu e Alexandre em 1Tm 1.20, entregando-os, como blasfemadores, a Satanás. Aqui não é possível saber se ele já é salvo ou não, ainda que pareça que não. O certo é que ele comete um pecado grave, e ao que tudo indica foi exortado individualmente por um ou outro irmão, não arrependeu-se e insistiu na rebeldia. A igreja portanto tem o dever de excluí-lo, para que, estando fora da proteção da igreja, padeça nas mãos de Satanás e reconheça e busque a necessidade de perdão. Deus utilizará o diabo para disciplinar, na carne, aquele homem.
Em Hebreus 12.4-13 parece-me a chave da resposta. O apóstolo nos remete ao castigo que não é punitivo, mas educativo, pedagógico, como se gosta de dizer atualmente. Com o objetivo de sarar, de curar e, porque não, salvar o perdido. Veja bem, não é possível saber se aquele irmão era salvo ou não; o texto aponta para o fato dele não ser salvo, pois precisaria ser entregue ao diabo para que o fosse, mas o fato é que o castigo tinha o intento de curá-lo, e sará-lo do quê? De uma vida de pecados, empedernida, e que resistia ao arrependimento. E tudo isso é prova de amor de Deus para com os seus, e da igreja para com os irmãos.
Qual atitude é mais fácil para um pai que sabe do envolvimento do seu filho com as drogas, por exemplo? Procurar curá-lo [e muitas vezes com atitudes que vão contra a vontade rebelde do filho de se drogar, podendo ser a internação ou entregá-lo à justiça] ou abandoná-lo ao próprio vício, como muitos pais e mães agem atualmente? Em qual delas ele demonstrará amor verdadeiro? Em qual delas temos piedade e misericórdia?
Certa vez, vi uma declaração impactante de uma mãe na tv. O seu filho estava envolvido em crimes, um jovem de 15 anos, e ela preferiu entregá-lo à polícia do que vê-lo caminhar a passos largos para a morte prematura. Ela disse ter tentado de tudo para demover o filho da vida de crimes, e não houve mudanças. Então, em um ato desesperado, ela o denunciou. Muitos a criticaram por essa atitude. Muitos entenderam que a posição dela não traria resultados à correção do filho. Mas, entendo que, na simplicidade daquela senhora, ela agiu como uma verdadeira mãe que ama o seu filho. Ela não foi negligente nem omissa, preferiu a dor de denunciá-lo, e levá-lo certamente à condenação, do que vê-lo viver uma vida miserável de crimes [e as suas lágrimas e a expressão de sofrimento eram evidências claras de como o seu coração estava partido e angustiado]. Ela vislumbrava, na prisão, uma chance que ele não teria levando a vida que levava do lado de fora... Ela entregava o filho à justiça para que pudesse resgatá-lo novamente. Tal qual Paulo diz, ela esperava que ele, no fim de tudo, se salvasse da vida criminosa e da morte iminente.
Então, temos que o princípio da disciplina da igreja visa o arrependimento, e deve ser aplicada em amor, piedoso e misericordioso, que levará como consequência, caso o irmão se arrependa, ao perdão por parte da igreja e de Cristo [não nessa ordem, claro!].
E isso traz tristeza à igreja, e deve trazê-la também ao irmão em pecado, como Paulo diz em 2Co 2.4-11. Aqui, exatamente, encontramos uma outra exortação relativa a esse mesmo irmão, de que a igreja o perdoe e não aja de maneira excessivamente dura para não aumentar-lhe a tristeza. Ao que tudo indica, esse irmão se arrependeu, mas a igreja não parecia muito disposta a perdoá-lo e tratá-lo novamente como a um irmão. Tem-se de ter cuidado para não extrapolar o ensinamento bíblico e não agirmos no mesmo nível de carnalidade do pecador.
Mas, e se o irmão não se arrepender? Como deve proceder a igreja? Este é o segundo objetivo da disciplina, manter a unidade da igreja. Um exército dividido, sem um objetivo comum, o de glorificar a Deus, não subsiste.
Leia o que Paulo diz em 2Tm 3.1-9 e 4.2-4; e veja o que João, chamado de o apóstolo do amor, nos diz em sua Carta segunda, versos 9-11:
“Todo aquele que prevarica, e não persevera na doutrina de Cristo, não tem a Deus. Quem persevera na doutrina de Cristo, esse tem tanto ao Pai como ao Filho. Se alguém vem ter convosco, e não traz esta doutrina, não o recebais em casa, nem tampouco o saudeis. Porque quem o saúda tem parte nas suas más obras”.
A palavra “prevaricar” significa proceder mal; transgredir a moral, os bons costumes: Aquele jovem prevaricara. Vti: Faltar a, deixar de cumprir: Prevaricar aos deveres, às promessas. Corromper, perverter. É preciso entender que o crente não pode nem deve ser motivos de escândalos para a igreja, o que, consequentemente significa escândalo para o nome de Cristo. Por isso há tantas e tantas advertências ao comportamento e modos de agir do cristão. É nosso dever testemunhar, não somente com palavras mas com atos tudo o que nos foi entregue por Deus como a sua vontade, de que sejamos irrepreensíveis e exemplos para os homens e a sociedade. Ser luz no mundo não é outra coisa a não ser guia-lo na verdade, tirando-o das trevas, do engano, da mentira e do pecado. Mas se nós mesmos estamos em trevas, como podemos enxergar o caminho, seguir a Cristo e levar outros conosco?
Para finalizar, entendemos que a disciplina pode ser exercida de várias formas, desde a simples exclusão do irmão das atividades de liderança, como o não participar da Ceia do Senhor, até, em último caso, a exclusão do rol de membresia. Mas estes serão assuntos que abordaremos mais detidamente à frente. Por hora, é-nos necessário ter a certeza de que a disciplina eclesiástica é bíblica e uma das mais importantes marcas de uma igreja verdadeiramente cristã.
Notas: 1- Baixe o áudio da aula em Aula 45.MP3
2- Aula realizada na EBD do Tabernáculo Batista Bíblico
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