Página de doutrina Batista Calvinista. Cremos na inspiração divina, na inerrância e infalibilidade das Escrituras Sagradas; e de que Deus se manifestou em plenitude no seu Filho Amado Jesus Cristo, nosso Senhor e Salvador, o qual é a Segunda Pessoa da Triunidade Santa
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terça-feira, 8 de setembro de 2020

Exposição em Judas 1-4: A salvação comum pela graça de Cristo

 



Pr. Luiz Tibúrcio


 "Os áudios estão sendo gravados em área externa à igreja (em virtude da pandemia e para cumprir as exigências sanitárias), com sons por todos os lados. Portanto, não se assuste com o barulho de buzinas, pássaros voando, crianças correndo, música ao fundo, ou outro barulho. Com a graça de Deus esperamos, em breve, retornar ao local original dos nossos cultos"

segunda-feira, 10 de agosto de 2020

Sermão em Efésios 2.7-10: Isto não vem de vós!

 




   Por Francisco Rodrigues



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Texto Base: 

"Para mostrar nos séculos vindouros as abundantes riquezas da sua graça pela sua benignidade para conosco em Cristo Jesus. Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie; Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas." 
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terça-feira, 3 de março de 2020

Sermão em Efésios 2.8-10: A graça com que fomos amados





Jorge F. Isah








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Efésios 2:8. Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. 9. Não vem das obras, para que ninguém se glorie; 10. Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas.
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INTRODUÇÃO

- Em 2.1-3, fala de nós, pecadores. Somos informados de que Deus vivificou os efésios, quando eles estavam mortos em ofensas e pecados.
- Paulo mostra a condição de que éramos inimigos de Deus, e estávamos afastados de sua comunhão.
- Em 2.4-7, fala de Deus, que, por ser rico em misericórdia e amor, mesmo estando mortos em ofensas e pecados, nos vivificou, ressuscitou e nos fez assentar nos lugares celestiais, por Cristo nosso Senhor.
- Agora, nos deparamos com as conclusões de Paulo sobre o assunto. Somos levados a um nível de maior entendimento da obra de redenção, e do quão inútil é o nosso esforço em alcançá-la.

SALVOS PELA GRAÇA

1) Pela graça sois salvos:

- O homem está irremediavelmente condenado: “17. Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele. 18. Quem crê nele não é condenado; mas quem não crê já está condenado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus.”  (Jo.3.17-18)
- Analogia do naufrago que não pode colaborar com o seu salvamento.
- Apenas a graça salva.

2) Por meio da fé

- As pessoas se enganam achando que a fé é quantitativa, quando ela é objetiva.
- Cristo é o objeto da nossa fé.
- Ter muita fé em objetos errados (deuses, o esforço próprio, duendes, ets, etc) ainda que seja uma fé grandíssima não pode salvar, pois estão no objeto errado. Pode ser uma fé suficiente para mover os montes (lembre-se de que satanás pode aparecer como anjo de luz e fazer muitos prodígios [2Co 11.14]), mas não será para salvar quem crê nessas distrações ou armadilhas.
- A fé tem de ser em Cristo e somente nele. É o que Pedro diz em Atos 4.12
E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos.”
- Justiça apenas em Cristo: 
Sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus. 25. Ao qual Deus propôs para propiciação pela fé no seu sangue, para demonstrar a sua justiça pela remissão dos pecados dantes cometidos, sob a paciência de Deus; 26. Para demonstração da sua justiça neste tempo presente, para que ele seja justo e justificador daquele que tem fé em Jesus” (Rm 3.24-26)

3) Não vem vós e das obras

- As obras não justificam:
 1. QUE diremos, pois, ter alcançado Abraão, nosso pai segundo a carne? 2. Porque, se Abraão foi justificado pelas obras, tem de que se gloriar, mas não diante de Deus. 3. Pois, que diz a Escritura? Creu Abraão em Deus, e isso lhe foi imputado como justiça. 4. Ora, àquele que faz qualquer obra não lhe é imputado o galardão segundo a graça, mas segundo a dívida. 5. Mas, àquele que não pratica, mas crê naquele que justifica o ímpio, a sua fé lhe é imputada como justiça. (Rm 4.1-5)

- A glória é somente de Deus, não do homem: 
28. E Deus escolheu as coisas vis deste mundo, e as desprezíveis, e as que não são, para aniquilar as que são; 29. Para que nenhuma carne se glorie perante ele. 30. Mas vós sois dele, em Jesus Cristo, o qual para nós foi feito por Deus sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção; 31. Para que, como está escrito: Aquele que se gloria glorie-se no Senhor.  (1Co 1.30-31)

- Gálatas 2.16: “ Sabendo que o homem não é justificado pelas obras da lei, mas pela fé em Jesus Cristo, temos também crido em Cristo Jesus, para sermos justificados pela fé em Cristo, e não pelas obras da lei; porquanto pelas obras da lei nenhuma carne será justificada” (Pelas obras da lei nenhuma carne será justificada).

4) Dom de Deus

- Tanto a graça como a fé são dons de Deus derramados sobre os pecadores. Mas antes é necessário que Deus leve o pecador aos pés de Cristo
44. Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou o não trouxer; e eu o ressuscitarei no último dia... 65. E dizia: Por isso eu vos disse que ninguém pode vir a mim, se por meu Pai não lhe for concedido. (João 6.44, 65)

- Pode parecer que é uma iniciativa humana, mas não é. Antes é o Pai quem leva-nos aos pés do Filho, tirando-nos a venda, abrindo-nos os olhos, renovando o nosso espírito para então, somente então, crermos que ele é o único Senhor e Salvador.

- A relação do Pai e do Filho quanto à salvação: (João 12.44-46).

- Conhecer a Cristo não é um conhecimento apenas histórico, bibliográfico, mas um relacionamento, comunhão, intimidade. Algo que Paulo sentiu e também podemos sentir, como ele descreve em Gálatas 2.20: 
20. Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a pela fé do Filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim”.


CRIADOS EM CRISTO

- Nascidos em Adão, para uma vida afastada de Deus, fomos “recriados” em Cristo, para uma vida de comunhão e união e serviço a Deus.
- Qual o fim de tudo isso? As obras.
- Elas não são a causa da salvação, mas a consequência da salvação.
- Porque somos salvos, somos capazes de produzir boas obras.
- E isso é possível porque fomos criados em Cristo para as boas obras.
- É algo possível apenas depois da regeneração e novo nascimento.
- Tiago 2.14-26 (ler o texto e comentar).


Que a graça e o amor de Deus estejam em nós, e sobre nós, para sempre!


sábado, 4 de maio de 2019

Sermão em Êxodos 12.10-13: A Liberdade do Povo de Deus






Jorge F. Isah








A)INTRODUÇÃO 

- Páscoa secular – Festa pagã originária da deusa babilônica da fertilidade, Ishtar, por isso a relação entre os ovos e coelho 

- Páscoa é a maior festa cristã, e a palavra significa “passagem”, do hebraico “Pêssach” 

- Fazer um resumo, a partir da venda de José pelos seus irmãos aos mercadores, até o momento em que Israel é escravizado pelos Egípcios. 



B) DEUS, O LIBERTADOR 

- A condição de escravidão do povo Judeus e o nascimento de Moisés– Ex 2.1-10 

- Moisés viveu como egípcio por quase 40 anos 

- Se casou com uma midianita chamada Zípora, filha de Jetro, e teve 2 filhos. 

- Deus ouviu o clamor do povo de Israel – Ex 2.23-25 

- Deus escolheu Moisés para ser o instrumento libertador do seu povo – Ex 3.6-10 

- Sabemos que o Senhor lançou 10 pragas sobre o Egito – Ex 7 a 11 

- E ainda assim o coração do Faraó se endureceu, e não libertou o povo de Deus, como deveria. 



C) A MORTE DOS PRIMOGÊNITOS 

- A última praga lançada por Deus sobre o Egito seria a morte de todos os primogênitos egípcios, tanto dos homens como dos animais – Ex 11.4-7 



D) O CORDEIRO DE DEUS 

- Voltando ao trecho original desta pregação, encontramos nele parte dos preceitos necessários para se realizar a Páscoa. 

- O rito pascal é uma sombra daquilo que Cristo viria realizar. 

- Leitura do Verso 5 – comparar com João 1.29 

- Cristo é o cordeiro de Deus perfeito. 

- Nem bodes, nem ovelhas ou cabritos podem expiar o pecado. 

- Apenas o sacrifício perfeito do Filho de Deus pode limpar o homem dos seus pecados e torna-lo em nova criatura. 

Verso 11: 

- “Lombos cingidos”, “sapatos ou sandálias nos pés”, “Cajado na mão” e “Comer apressadamente” , nos remete à ideia de uma pessoa que sairá para uma longa jornada, e deve estar devidamente preparado para enfrenta-la. 

- Deus passaria sobre o Egito, a fim de libertar o seu povo, e deveriam comer apressadamente. 

- A ideia geral é de urgência, de preparação, de que o povo seria liberto da escravidão e receberia a terra que mana leite e mel. 

- O cordeiro é o alimento, e toda a casa deveria comê-lo. 

- Cristo é o alimento do crente. Não literalmente, como pregam os católicos, mas o alimento espiritual. Aquele que transforma e sustenta o seu povo. 



E) ISRAEL SE PREPAROU 

Verso 12 

- Israel se preparou para aquele momento. 

- Nenhum de entre o povo se descuidou ou negligenciou a ordem divina 

- Ao contrário dos egípcios, os feitos anteriores de Deus não foram suficientes para que cressem. Mesmo diante da grandiosidade das pragas, eles não creram, confiando em seus próprios méritos, na força, no poder, na armada do exército. 

- A dureza dos seus corações era fruto da incredulidade, da inimizade com Deus. 

- Incapazes de reconhecerem o seu senhorio, afrontavam-no com a recusa em libertar os judeus. 

- Falar sobre a questão do conhecimento, como algo não íntimo, mas do verdadeiro conhecimento que é a intimidade com Deus. E é ela quem leva o homem a temer e se sujeitar ao seu senhorio. 

- O Senhor então lançou novo juízo sobre o Egito. 

- Os egípcios simbolizam todos os incrédulos e inimigos de Deus em todos os tempos. 

Ler João 3.1-8 



F) O SANGUE DO CORDEIRO É LIBERTADOR 

- “Aquele sangue...” 

- O sangue seria aplicado nos umbrais e na verga das portas. 

- Em sinal de proteção. 

- O Sangue de Cristo liberta da morte. 

- O sangue dos cordeiros libertou o povo da espada de Deus .

- O sangue de Cristo é libertador, não porque possibilita a salvação daquele que crê, mas porque é efetivo em salvar aquele que crê, que não pode descrer, e voltar novamente ao cativeiro, mas é para sempre liberto do pecado e da morte por Cristo. 

- Cristo e seu sacrifício perfeito é a maior de todas as dádivas de Deus. Ele doou o seu Filho para constituir para si um povo, uma família. Rm 5.6-8 



G) CONCLUSÃO

- Cristo é a salvação. O verdadeiro cordeiro pascal. 

- Cristo é o cordeiro sem manchas ou pecado, e o único capaz de expiar e salvar o homem, justificando-o diante de Deus. 

- Ele é o justo morrendo pelos injustos; o santo que deu a sua vida por amor da vida daqueles por quem morreu na cruz. Ele é o perfeito transformando homens imperfeitos em perfeitos como ele é. Ele é a vida extirpando a morte. Ele é o alimento eterno que sacia completamente a fome. 

- Como foi dito, ele é o Salvador e Senhor de todo aquele que crê. 

- Cristo é o pão, a água que nos alimentará por toda a eternidade. 

- Cristo é a nossa pascoa, porque, por ele passamos definitivamente da morte para a vida; da inimizade com Deus para a reconciliação com Deus; de uma vida de ofensas a ele para uma vida em que o glorificamos. 

- Portanto, honra, louvor e glória a ele, para todo o sempre! Amém!



sábado, 22 de outubro de 2016

ESBOÇO EM SALMOS 91.15-16: “A LONGEVIDADE DA SATISFAÇÃO”




Jorge F. Isah







INTRODUÇÃO

- Em nossa última meditação e exposição sobre este Salmo, vamos analisar mais alguns aspectos da promessa divina expressa nos últimos dois versos.

- Em meio a tantas promessas, nas quais Deus nos assegura que protegerá, sustentará, fortalecerá e, providentemente, nos guiará em seus santos caminhos, ouvirem de sua boca uma derradeira declaração de amor e zelo para com o seu povo, a qual nos encherá da mais vida esperança.

- Vamos pensar, um pouco mais, sobre a suficiência de Deus na vida do crente, e os aspectos eternos da relação do Deus eterno com o seu povo eternamente escolhido para ser seu.


DEUS SEMPRE RESPONDE

- Deus promete que nos responderá. É um fato! Mas como se dá essa resposta? Será no sentido dele sempre atender às nossas demandas, conforme a nossa vontade?

- Ou a resposta divina vai muito mais além do que o nosso imediatismo e veleidade (vontade inútil, imperfeita) nos leva a invocá-lo?

- Sabemos que a vontade divina, seus atos, e, também, suas respostas, são santas, Justas, perfeitas e eternas, enquanto, inúmeras vezes, queremos apenas que Deus se conforme à nossa vontade, que ele as satisfaça, cuja volição sempre está contaminada (ainda que em porções mínimas) pelo pecado.

- Portanto, sendo Deus perfeito, soberano sobre todas as coisas e sobre todos, ele não se sujeitará as suas criaturas; não se sujeitará à imperfeição, muito menos aos nossos pedidos carnais, transitórios e egoístas.

- Com isso, não estou dizendo que o crente não pode pedir e invocá-lo para coisas justas e santas. Não é isto. Porém, certamente, se o nosso pedido não estiver em sintonia com a vontade divina não passará de um mero veículo para os nossos prazeres imperfeitos e viciosos.

- Por que o Senhor deveria satisfazer-nos em algo que está distante dele, o qual abomina e nos escraviza, impedindo-nos de reconhecer, apenas nele, a suficiência da vida?

- Bem, a resposta divina nem sempre estará em harmonia e conformidade com a nossa vontade ou pedido; ou seja, a resposta nem sempre será nos nossos termos, mas nos termos divinos.

- A promessa é de que ele responderá, revelando-nos não ser ele “um deus” passive, distante ou indiferente ao clamor do seu povo.

- Contudo, antes de ouvirmos a sua resposta é necessário pedir, suplicar, invocá-lo.

- Qual o significado de “invocar”? Ela se apresenta como um chamado, um pedido de auxílio, de proteção, uma súplica, um rogo.

- Invocar a Deus é chamá-lo em nosso auxilio; é um pedido de socorro.

- Esse pedido pode ser de qualquer coisa ou nível.

- A garantia é a de que Deus não fará “ouvidos moucos”, ou ficará surdo ao nosso clamor.

- Entretanto, não há a garantia de que a resposta será conforme o pedido, porque o Senhor vê muito além da mera transitoriedade.

- Em 2 Co 12.7-9, lemos:

“E, para que não me exaltasse pela excelência das revelações, foi-me dado um espinho na carne, a saber, um mensageiro de Satanás para me esbofetear, a fim de não me exaltar.
Acerca do qual três vezes orei ao Senhor para que se desviasse de mim.
E disse-me: A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, me gloriarei nas minhas fraquezas, para que em mim habite o poder de Cristo”.


- Ora, podemos afirmar que Deus respondeu a Paulo? E Paulo foi atendido?

- Sim, para ambas as perguntas, ainda que Paulo não tenha conseguido aquilo que pediu, mas obteve algo muito maior e melhor.

- Houve um rogo, uma invocação: Paulo tinha um espinho na carne, algo que o afligia, o angustiava e incomodava. Por três vezes pediu a Deus para tirá-lo.

- Muitos afirmam ser uma doença (provavelmente a cegueira), o que parece mais provável do que a afirmação de outros de que era um pecado.

- A resposta do Senhor foi tirar-lhe o espinho? Não. Qual foi então?

- Ele disse: A minha graça te basta!

- A sua resposta não foi conforme o pedido do apóstolo. Ele queria se ver livre do que o afligia, mas Deus tinha por propósito revelar-lhe que, mesmo no sofrimento e na dor, Paulo deveria se satisfazer apenas no Senhor, em confiança, em fé, em esperança.

- E essa é a sua resposta: por mais que os dissabores desta vida nos cerquem, nas horas mais densas, negras e terríveis, onde supomos estar abandonados, entregues à própria sorte, Deus estará conosco, acalmando-nos o coração, trazendo-nos paz!

- Ao dizer: “minha graça te basta”, ele estava dizendo a Paulo: satisfaça-se em mim, e nada te faltará, pois nada é mais necessário para a sua satisfação e felicidade do que eu.


NÃO OS ABANDONAREI

- Por isso, Deus disse, também: “estarei com ele na angústia; dela o retirarei, e o glorificarei”.

- Parece cada vez mais difícil, mesmo entre os cristãos, nos dias de hoje, entender as coisas além deste mundo. As pessoas estão tão envolvidas consigo mesmas, com as coisas transitórias e temporais, que se esquecem das eternas, e do Deus eterno.

- Somos imediatistas, e vislumbramos quase sempre apenas os nossos umbigos ou a ponta do nariz.

- Tudo tem de ser feito hoje, agora, e não podemos esperar, ter paciência, aguardar no Senhor. Como crianças mimadas se não recebemos o que queremos, damos os “chiliques”, nos desesperamos, ainda que seja apenas uma histeria interior.

- Murmuramos e jogamos a culpa nos outros ou em Deus, por nossos dissabores, pela aflição e sofrimentos que têm como causa a nossa inimizade ou desobediência ao Senhor.

- No entanto, Deus nos dá uma garantia, e a certeza de que a cumprirá: estarei com você!

- Mesmo que a situação descambe para o desagradável, para o sofrimento, para a dor máxima: Deus nos responderá e estará conosco!

- E sua resposta pode ser atendendo ao nosso clamor ou, como no caso de Paulo, revelar-nos que somos suficientes nele, seja na morte ou na vida, na alegria ou na dor, no conforto ou na miséria.

- Não queremos ouvir isso, mas isso em si mesmo, deveria ser suficiente para nos satisfazer e alegrar.


ELE NOS GLORIFICARÁ

- Assim como o apóstolo se gloriou em suas fraquezas, para que o poder transformador e consolador de Cristo habitasse nele, assim o salmista tem a certeza de que será glorificado, tal qual acontecerá conosco, também.

- Deus responde ao salmista e a nós!

- Ao retirar de nós a angústia, mesmo que o mal persista, Deus cumpre a promessa de não nos abandonar, de ser o nosso refúgio e fortaleza; para que depositemos em suas mãos a nossa vida, e buscarmos nele o nosso esconderijo.



TEREMOS LONGURA DE DIAS

- Em outra tradução, longura de dias, no verso, significa: “saciá-lo-ei com longevidade”

- Tanto longura como longevidade são características do que é longo. Aqui identificando que Deus dará longos dias, prolongando-os.

- Porém, nos leva a pensar: todo o crente viverá muitos anos? É isso?

- Bem, se analisarmos a vida do Senhor Jesus, neste mundo, ela não durou mais do que 33 anos. Cristo não estaria, então, fora da promessa divina?

- Por outro lado, à época de Cristo, a expectativa de vida de um homem era, em média, 30 anos. Se Abraão, Isaque e Jacó viveram próximos dos 100 anos, o mesmo não acontecia 2.000 anos depois. Hoje, alguém que morre aos 40 anos é considerado jovem, e sua morte prematura.

- Mas estaria Deus prometendo longevidade temporal? E como entender a morte de servos fiéis em tenra idade?

- Pois bem, a questão não pode ser de anos literais ou tomados ao pé-da-letra, mas o verso trata de dar um desfecho a todo o Salmo 91, o qual é, em um dos pontos mais fortemente destacados, a suficiência do crente em Deus e sua glória, e a consequente satisfação do crente.

- Um ímpio, ainda que viva 500 anos não estará satisfeito. Nem aos 10, 20, 40, e mesmo que viva para sempre. Não há nele o Espírito Santo, logo, não pode se satisfazer no Senhor.

- Ao contrário, o crente, que tem a sua vida posta nas mãos de Deus e nele confia, e espera, ainda que viva pouco, e mesmo de maneira aflitiva, sendo perseguido e em dores, considerará a sua vida suficiente, e estará satisfeito com ela.

- O suicídio é a prova de que nem mesmo a vida pode satisfazer o homem, a multidão de anos não o satisfaz a ponto dele ansiar a morte.

- Citar a vida de David Brainerd, como exemplo de um jovem que serviu ao Senhor e satisfez-se nele, mesmo na pouca vida de anos.

- A "longura” é um estado de existência em comunhão, a serviço, e escondido, abrigado, em Deus.

- Sendo Deus eterno, e tendo ele nos escolhido na eternidade, nossos dias são longos nele, e podemos dizer que estaremos nele, protegidos, para todo o sempre.

- A suficiência não está nos muitos anos em que contamos, neste mundo, mas na eternidade incontável; guardados e salvos naquele que é o Eterno, Bom e Gracioso Deus.

- Mostrando que nele, apenas nele, é possível ter vida longa, pois a morte não mais significa nada, porque estamos em Cristo, unidos eternamente, indissociáveis. Para sempre!


CONCLUSÃO

- Para terminar, Deus nos mostra a salvação. E ela não é outro senão Cristo.

- Nele está contido o nosso perdão, a regeneração de nossas almas, a glorificação e satisfação. Em Cristo, somos benditos do Pai, e estamos seguros.

- E o vislumbrar da salvação nos revela a longura de dias, os dias de plena satisfação, quando não mais haverá dor, angústia e aflição. 
 
 
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