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Página de doutrina Batista Calvinista. Cremos na inspiração divina, na inerrância e infalibilidade das Escrituras Sagradas; e de que Deus se manifestou em plenitude no seu Filho Amado Jesus Cristo, nosso Senhor e Salvador, o qual é a Segunda Pessoa da Triunidade Santa

sábado, 27 de agosto de 2016

Esboço de pregação em Salmos 91.9: "O Senhor é a nossa morada"





Jorge Fernandes Isah



INTRODUÇÃO

-       O salmista se dirige a Deus, novamente.
 - Ele repete, afirmando, que Deus é o seu refúgio.
-      Remete-nos às mensagens anteriores: Não tememos porque o Senhor é uma Fortaleza inabalável, e nele estamos seguros.
-      Mas, o que é um refúgio?
-      É o local para onde se foge ou corre para se escaper de um perigo.
-      Por exemplo, em uma batalha, sempre há a preocupação de se seconder do inimigo, de maneira que ele não nos veja e possa nos atingir com suas armas. Por isso, procura-se proteção, buscar um local onde ele, o inimigo, não possa nos alcançar ou atingir.
-      Buscamos amparo, abrigo.

ONDE ESTÁ O NOSSO REFÚGIO?

ISAÍAS 32.1-2
-      Temos a descrição do Reino de Cristo, o qual é justo, santo e pacífico, porque o Rei assim o é.
-      O profeta afirma que haverá um Rei, e ela nos remete ao Cristo, o qual é o nosso refúgio e esconderijo contra as vicissitudes da vida, contra nós mesmos, contra o reino das trevas.
-      Nele encontramos Descanso, proteção e paz.
-      Somos confortados e descansamos em sua sombra.
-      Somos saciados em nossa sede por segurança e paz.
-      O pecado como uma aflição e perigo da alma.
-      Cristo nos recolheu e nos ajuntou como povo, tirando-nos do lugar de perigo e destruição no qual estávamos; e, como família, tornando-nos confiantes e seguros, protegidos no seu amor infinito.
-      Ele é a grande Rocha na qual os sedentos por paz se refugiarão. 

O JURAMENTO DE QUEM PROMETE

HEBREUS 6.13-19
-      Quando Deus promote, ele cumpre.
-      Não há variação em Deus, pois ele é imutável.
-      Assim, suas promessas são eternas e imutáveis.
-      Ele abençoando, seremos abençoados. Ele multiplicando, seremos multiplicados em suas bênçãos.
-      Infinita é a sua misericórdia, bondade, graça e bênçãos.
-      O conselho ou plano e a promessa de Deus são as duas coisas imutáveis na vida do crente
-      Por isso ele é o nosso refúgio.
-      Devemos confiar, pois ele jurou, pelo seu nome, que cumprirá todas as promessas.
-      Contudo, fica a pergunta: devemos correr para Deus apenas quando as coisas apertam? Nos momentos de angústia e perigo?
-      Quando o mal se avizinha prontamente para nos tragar ou derrubar?
-      Porém, se estamos no Senhor, os perigos podem nos rodear, nos fustigar, nos ameaçar, mas estaremos seguros de que não seremos tocados.
-      Novamente é nos trago a ideia do temor; de não temer pois confiamos em quem é poderoso para nos guarder.
-      Pois corremos porque tememos.
-      Fugimos porque o perigo é muito maior do que nós, e pode nos destruir.
-      Contudo, há alguém maior do que Deus? Não!!!
-      Se estamos nele, não tememos, nem precisamos correr, pois já estamos no refúgio inexpugnável que é o próprio Deus.
-      Mesmo em meio as aflições, angustias e perseguições, mesmo diante da morte, confiamos, e não tememos.
-      Não foi o que o Senhor nos disse?

A ENTREGA TOTAL

LUCAS 22.41-43
-      O refúgio não significa o ato de Deus nos livrar, para depois corrermos como loucos ao encontro do perigo, novamente.
-      E não há perigo maior do que viver em um local inseguro, onde poderemos ser destruidos a qualquer momento.
-      O tolo acredita estar seguro, entregando-se ao pecado, aos vícios, como se nada pudesse lhe acontecer.
-      Se ele não buscar o refúgio verdadeiro, em Deus, sucumbirá à sua prepotência e loucura. Pois o pecado, no momento exato, cobrar-lhe-á o pagamento, o salário, devido: a morte!
-      E Cristo está diante de uma séria e gravíssima ameaça: a morte!
-      Em sua angustia, ele pede ao Pai para afastar dele o cálice de seu próprio sangue a ser derramado.
-      Porém, ele concluiu: “Todavia não se faça a minha vontade, mas a tua” (v.42).
-      Cristo se entregou ao Pai, ao Conselho eterno traçado pela Trindade, disposto a, mesmo na maior dor e sofrimento, ser obediente, e não temer, não se acovardar, nem abandonar a sua missão.
-      Isso é entrega total!! E a obediência perfeita!!
-      Sem murmurações; sem acusações; sem ofensas (como as proferidas pela mulher de Jó); sem vitimismo; sem revolta e desobediência.
-      Cristo não foi isolado da sua missão, nem a abandonou.
-      Então, entregando-se nas mãos do Pai, é visitado por um anjo do céu, que o fortalecia.
-      O consolo e o fortalecimento chegou na hora mais amarga, no momento do sofrimento mais agudo.
-      Cristo cumpriu o seu encargo, seguro de que o Pai guardava o seu espírito. 

QUER DIZER QUE AS PROMESSAS DE DEUS PODEM SE CUMPRIR OU NÃO?

    - Pensar assim é um equívoco. Deus cumprirá sempre as suas promessas, mas onde está escrito que não passaremos por tribulações e lutas?
-      Muitas vezes acontece de não termos as orações atendidas.
-      Pedimos por alguém doente, viciado, ou em constante perigo (como os missionários, por exemplo), e, no fim, não há livramento para eles.
-      Sucumbem ao sofrimento, à tortura, à morte.
-      Quer dizer que Deus falhou? Jamais!!
-      Estes homens e mulheres, se conhecem a Deus, e fazem dele o seu esconderijo, são preservados até a morte, e mesmo na morte.
-      Porque é o Senhor quem nos preserva e guarda, especialmente daquele dia ruim, o dia em que todos, sem exceção, estaremos diante do  seu Tribunal. 
          No entanto, o nosso Advogado dirá “inocente!”; porque foi ele mesmo a pagar a pena que não podíamos pagar, livrando-no0s da sentença, tornando-nos livres da condenação. Não é uma possibilidade, mas uma certeza de que, de fato, ele nos lavou pelo seu sangue e nos fez mais alvos do que a neve.

CONCLUSÃO

JOÃO 14.1-3
-      Cristo nos levará para as moradas celestiais.
-      Preparadas eternamente por Deus para aqueles que amou, buscou e guardou, para os co-herdeiros de seu Filho Amado.
-      Pelo sacrifício de Cristo, movido pelo seu amor, temos um lugar, uma habitação em Deus. Não é apenas um lugar onde o encontraremos, mas já o temos encontrado, aqui, porque ele nos buscou, nos achando em inimizade para com ele, nos resgatou da morte, levando-nos para um lugar de bonança, de paz perfeita e eternal, assim como Adão e Eva experimentaram no Éden, antes da Queda, da revelião dos injustos contra o Criador.
-      Mas, mesmo tendo esperança no porvir, já presenciamos o refúgio, o porto seguro, o esconderijo, no qual o Senhor nos recolheu, acolheu, nos aguardou, e nos trata como filhos: Nele!
-      O nosso lugar está preparado, a nossa morada está pronta, e o Senhor, em sua graça e misericórdia e amor, nos guia e conduz, em verdade, para o lugar onde Cristo nos espera.
-      Onde, finalmente, o veremos face a face, para sua glória, no cumprimento das suas promessas, e para a nosso eterno gozo. 

domingo, 21 de agosto de 2016

Esboço de Pregação em Salmos 91.5-8: "Na morte ou na vida, não temas!"



Jorge Fernandes Isah



INTRODUÇÃO

- O Salmista continua a descrever as promessas de proteção divina; e prossegue: “Não terás medo do terror de noite”.

- A escuridão nos amedronta, em especial, o homem natural.

- Mas, por quê?

- Ora, porque ele não consegue ver, nem distinguir nada. Os perigos e ameaças podem tomá-lo de supetão, sem que os perceba.

- A escuridão traz consigo a suspeita, a insegurança, e a aflição.

- Muitos criminosos escolhem a noite para realizarem um delito; pela possibilidade de esconder-lhes a autoria, e surpreenderem as vítimas.

- Os perigos rondam por ela.

- Talvez, por isso, os filmes de terror e suspense abusem do ambiente noturno, por causa da sua atração maléfica.

- O mal se manifesta nas trevas, na escuridão, e a noite é o seu ambiente propício. Então, é natural que os homens temam a noite, e ela lhes traga ansiedade e preocupação.

- O homem mau procura as trevas, e nelas se escondem, para que os seus atos não sejam revelados pela luz.
JOÃO 3.19-21:

“E a condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram más. Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz, e não vem para a luz, para que as suas obras não sejam reprovadas. Mas quem pratica a verdade vem para a luz, a fim de que as suas obras sejam manifestas, porque são feitas em Deus.”

- O profeta João nos diz que Cristo é a luz, e ele é quem dissipa a escuridão, destruindo o mal.

 

NÃO TEMAS!

- As promessas de Deus vão muito além do que imaginamos possível, e do que a maioria pensa quando lê este Salmos. Ele não fez uma relação de situações nas quais seríamos protegidos, esquecendo-se de outra na qual estaríamos vulneráveis.

- Como metáforas, elas querem afirmar que, se estamos seguros nas mãos de Deus, não temeremos mal algum, porque estamos seguros.

- Como uma galinha recolhe a sua ninhada, Deus nos protegerá também das trevas, e, em especial, da escuridão da nossa alma natural. O homem, por causa da Queda (o pecado de Adão, que era o nosso representante, a cabeça), teve todos os aspectos da sua existência manchados e atingidos pelo pecado.

- O pecado levou o homem a ser autor e vítima de suas próprias mazelas.

- E a obra de Cristo foi nos libertar primeiramente do pecado (como a influência a nos mergulhar nas sombras, na escuridão total), depois de nós mesmos, o velho homem, fazendo-nos novo, e guiar-nos em seus passos santos e retos.

- E assim, seguros, a ordem é: não temer!

- E não temeremos, porque ele é a nossa fortaleza, o nosso esconderijo, o refúgio inexpugnável.

- Dessa forma, também nas lutas e batalhas do dia-a-dia, não seremos derrotados, pois não temeremos a seta, os dardos inflamados e venenosos do inimigo.

- O eleito estará sempre seguro no Senhor, seja na vida, seja na morte.

- Com isso, o salmista quer dizer que seremos indestrutíveis? Que nada nos afetará ou ferirá? Não haverá doenças, dores, sofrimentos, perseguições e morte?

- A garantia divina não é a de que seremos invencíveis ou indestrutíveis.

Mateus 10.28-31:

“E não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma; temei antes aquele que pode fazer perecer no inferno a alma e o corpo. Não se vendem dois passarinhos por um ceitil? e nenhum deles cairá em terra sem a vontade de vosso Pai. E até mesmo os cabelos da vossa cabeça estão todos contados. Não temais, pois; mais valeis vós do que muitos passarinhos”

- Mais do que o sofrimento, as dores da vida, e a aflição momentânea, é a morte eterna.

- O pecado trouxe consigo dores e morte.

- Muitos de nós temos vários exemplos de livramentos, de sermos poupados em meio aos perigos. Eu mesmo vive várias situações em que estive em perigo de morte, acidentes, assaltos, e outras tantas situações de risco, e Deus, em sua providência, me poupou.

- Nada disso, contudo, se compara a algo muito pior e com consequências duradouras e letais: a morte espiritual. Por que já estamos mortos em nossos pecados e transgressões, somente Deus pode nos vivificar e nos fazer assentar nos lugares celestiais, em Cristo.

- Sem Cristo, não somos nada além do pecado. Como aquele hino do Cantor Cristão diz: “De pecados carregado...”. Esta é a nossa realidade antes de sermos chamados e capacitados por Deus a reconhecer Cristo como Senhor e Salvador. Antes éramos apenas inimigos; desprezando-o.

- E por ser vivificados, chamados, justificados e santificados, podemos ouvir as palavras do Senhor, aninhando-as em nosso coração, por meio da esperança viva de que ele a cumprirá: Não temas!


VÍTIMA DE SI MESMA

1 Pedro 5.10:

“E o Deus de toda a graça, que em Cristo Jesus nos chamou à sua eterna glória, depois de havemos padecido um pouco, ele mesmo vos aperfeiçoe, confirme, fortifique e estabeleça”

- As aflições e lutas são constantes em nossas vidas. Assistimos e presenciamos as dores e sofrimentos alheios, além dos nossos.

- Vemos, ao nosso redor, as pessoas despedaçadas, afogadas, soterradas pelo mal, pelo pecado, vítimas de si mesmas (Isaias 59.2).

- Deus nos garante que, mesmo em meio as mais terríveis tribulações e catástrofes, estaremos seguros e protegidos em suas mãos.

JOÃO 17.15:

“Não peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal”
- Se estamos no mundo, estamos sujeitos às vicissitudes do mundo.

- Mas o mal absoluto que é a separação, a inimizade, o desprezo, a Deus, dele o próprio Senhor nos livrará.

- Por isso, teremos paz (Jo 14.27, 16.33).

- E não mais seremos destruídos pelo mal que havia em nós, pois ele foi arrancando do nosso coração por Cristo, e de homens carnais fez-nos homens espirituais; pelo infinito amor com que nos amou.


NADA PODE NOS SEPARAR

Romanos 8.35, 38-39:

“Quem nos separará do amor de Cristo? A tribulação, ou a angústia, ou a perseguição, ou a fome, ou a nudez, ou o perigo, ou a espada?... Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as potestades, nem o presente, nem o porvir, Nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor”


- A pergunta que Paulo faz é retórica, mas verdadeira: Quem nos separará do amor de Cristo? Nada!

- Nem a peste, nem a multidão de pessoas caindo ao lado nos abalará.

- Porque a nossa segurança está no Senhor.

- Nem a morte, a separação eterna, nos alcançará, pois foi destruída e consumida pelo sangue de Cristo.

- Deus o prometeu, ele cumprirá. A esperança e certeza consiste em crer que nossas vidas estão seguras, seladas, vedadas, de todo o mal. Pois ele nos transportou para o seu lugar santo e seguro, para o esconderijo de onde não mais sairemos, e jamais nos aventuraremos pelo território maldito da rebeldia e transgressão (Rm 8.8-11).


CONCLUSÃO

Que Deus nos abençoe e fortaleça, a fim de resistirmos até o último momento, confiando sempre nele, em sua providência e preservação, seja na vida ou na morte, porque somos dele, e nada poderá nos arrebatar ou tirar das suas mãos, pois esta é a sua promessa, a qual cumprirá com cada um dos seus filhos, daqueles que são coerdeiros de Cristo, e alvos eternos do seu amor.

A Cristo toda honra e glória, para sempre!



Nota: Sermão ministrado no Tabernáculo Batista Bíblico, em 10/08/2016

sábado, 13 de agosto de 2016

Esboço de Pregação em Salmos 91.1-4: "No esconderijo do Altíssimo"



Jorge Fernandes Isah


INTRODUÇÃO

- O Pastor Luiz pregou sobre os versos 1 a 3, na última quarta-feira. 
- Darei continuidade, hoje, a este belo, profundo e glorioso Salmo.
- É um texto no qual o salmista demonstra a confiança, esperança e certeza, do crente, em Deus. 
- Trata também da fidelidade e cuidado divinos para com os seus, em meio a um mundo louco e desordenado pelo mal. 
- É um Salmo cheio de promessas de bênçãos para o povo de Deus. 
- Meditemos, então, no verso 4: 


"Ele te cobrirá com as suas penas, e debaixo das suas asas te confiarás; a sua verdade será o teu escudo e broquel"
Ele te cobrirá com as suas penas, e debaixo das suas asas te confiarás; a sua verdade será o teu escudo e broquel.
Salmos 91:4
Ele te cobrirá com as suas penas, e debaixo das suas asas te confiarás; a sua verdade será o teu escudo e broquel.
Salmos 91:4
Ele te cobrirá com as suas penas, e debaixo das suas asas te confiarás; a sua verdade será o teu escudo e broquel.
Salmos 91:4
 


DESCEU DOS ALTOS CÉUS PARA NOS ABRIGAR

- Existe uma ideia disseminada, entre os cristãos, de que somos nós a procurar e irmos até o Criador, enquanto ele permanece estático em seu trono nos aguardando. 
- Este é um conceito totalmente equivocado, de uma interpretação desleixada e pouco fiel ao que nos é revelado pelas Escrituras.
- Pelo contrário, o salmista nos mostra a verdadeira realidade: é Deus quem desce dos altos céus para abrigar, proteger e salvar os seus filhos.
- Foi o que Cristo fez ao encarnar-se, viver, morrer e ressuscitar por suas ovelhas. Sim, Cristo morreu pelo seu povo, para ajuntá-lo debaixo de suas asas poderosas e remidoras. 
- Como filhotes indefesos e incapazes de se defenderem a si mesmos, Deus é quem nos recolhe, dando-nos proteção e segurança. 
- A comparação que o salmista faz é exatamente esta: precisamos da proteção divina, porque somos frágeis, inúteis até mesmo para garantir a nossa segurança. 
- Às vezes, também, somos ingratos ao não reconhecer nele o nosso protetor. Porque ele, em incontáveis momentos, não nos deixa sequer perceber o perigo em que estamos, nos livrando muito antes de podermos dar conta da existência da ameaça (a sua misericordiosa providência). Nesses casos, sequer notamos a sua proximidade, mas ele está lá, nos guardando, sem que sintamos o seu livramento preventivo. 
- Por isso devemos ser gratos a cada momento, pois Deus não somente age naquilo em que vemos ou percebemos, mas também no que não vemos nem percebemos.
- Ele nos poupa dia a dia, manhã a manhã.
- O que reputamos como sorte ou esperteza nada mais é do que a sua santa providência; o escape que ele nos dá.
- Nada é por nosso mérito! Nada pode ser creditado na conta humana. Se o fazemos, somos ingratos; e arrotamos uma independência ou autonomia impossível e louca.


 UM PARALELO COM MATEUS 23:34-38

- Jesus, nos versos anteriores, ataca os fariseus e escribas e sacerdotes, por não entrarem no reino dos céus, e ainda tentavam impedir de entrar aqueles que estavam entrando (v. 13).
- Ele profere os sete "Ais" contra os líderes judeus. 
- A condenação que lança sobre eles é justa, pois Cristo conhece os corações e destinados daqueles homens pérfidos, mentirosos e carnais. Ele lhes aponta a maldade e o desejo de morte que têm. 
- Jerusalém, literalmente, quer dizer "cidade de paz", mas ela se torna uma cidade de guerra, a guerra contra Deus, contra o bem, acolhendo os romanos pacificamente, seus pecados sem resistência, e se torna em cidade de morte, escombros e destruição, quando em 70 d.c. é destruída por Tito. 
- No verso 34 em diante, ele fala com pesar da descrença de Jerusalém. Mas seria toda a cidade? Haveria em si o desejo de salvá-la, mas ele não podia porque os seus habitantes o rejeitavam?
- É claro que não. Há um problema soteriológico em se entender a vontade divina como restringida pela vontade humana, de maneira que Deus estaria atado, preso, em sua vontade infinita e benigna aos anseios do homem limitado e mau. Este é o equívoco, a conclusão lógica, de se seguir a premissa do livre-arbítrio, como algo possível ao homem dominado pelo pecado. 
- O Cristo, também, não pode ser separado em suas duas naturezas. A Bíblia indica uma unidade na pessoa do Filho, não uma dualidade, por isso, dizer que foi apenas o Cristo-homem a falar sobre a impiedade de Jerusalém, ainda que seja um resposta, não me parece a mais acertada. 
- Talvez, estivesse se reportando à aliança com Davi, o rei que a conquistou para o povo de Deus, o mesmo povo que negava o Filho e sua salvação. 
- Pode ser, ainda, que ele esteja se referindo aos israelitas que, sob as ordens de Tito, seriam massacrados e dizimados em meio à destruição romana da cidade, inclusive do Templo. 
- Não há como negar a tristeza do Senhor ao profetizar que a cidade de Davi seria aquela a primeiro perseguir os seus discípulos, matando-os cruelmente. Assim não aconteceu apenas consigo mesmo, crucificado injustamente; mas com Tiago, irmão de João, "os filhos do trovão"; posteriormente com Estevão, e tantos outros assassinados pelo ódio dos filhos do diabo (At 7.54-60; 8.1, p. ex.).
- Uma cidade que pecou gravemente (Lm 1.8).
- Dela partiam ordens para outras cidades a fim de prenderem os servos de Cristo (At. 9.2).
- Por isso, se tornará em uma cidade deserta; e o povo de Deus foi dispersado pelo mundo (diáspora). 
- O certo é que não dá para não comparar esta passagem com o presente Salmo; e se ter em mente que Cristo, muito mais do que desejaria fazer é capaz de ir além e cuidar diligentemente do seu povo, ao abrigá-lo sob as suas asas redentoras. 
- Contudo, o mesmo Deus que protege e liberta o seu povo é o mesmo que julgará e condenará o ímpio. 
- E Deus é injusto?



ortanto, eis que eu vos envio profetas, sábios e escribas; a uns deles matareis e crucificareis; e a outros deles açoitareis nas vossas sinagogas e os perseguireis de cidade em cidade;
Para que sobre vós caia todo o sangue justo, que foi derramado sobre a terra, desde o sangue de Abel, o justo, até ao sangue de Zacarias, filho de Baraquias, que matastes entre o santuário e o altar.
Em verdade vos digo que todas estas coisas hão de vir sobre esta geração.
Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas, e apedrejas os que te são enviados! quantas vezes quis eu ajuntar os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintos debaixo das asas, e tu não quiseste!
Eis que a vossa casa vai ficar-vos deserta
Mateus 23:34-38
Portanto, eis que eu vos envio profetas, sábios e escribas; a uns deles matareis e crucificareis; e a outros deles açoitareis nas vossas sinagogas e os perseguireis de cidade em cidade;
Para que sobre vós caia todo o sangue justo, que foi derramado sobre a terra, desde o sangue de Abel, o justo, até ao sangue de Zacarias, filho de Baraquias, que matastes entre o santuário e o altar.
Em verdade vos digo que todas estas coisas hão de vir sobre esta geração.
Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas, e apedrejas os que te são enviados! quantas vezes quis eu ajuntar os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintos debaixo das asas, e tu não quiseste!
Eis que a vossa casa vai ficar-vos deserta
Mateus 23:34-38
Portanto, eis que eu vos envio profetas, sábios e escribas; a uns deles matareis e crucificareis; e a outros deles açoitareis nas vossas sinagogas e os perseguireis de cidade em cidade;
Para que sobre vós caia todo o sangue justo, que foi derramado sobre a terra, desde o sangue de Abel, o justo, até ao sangue de Zacarias, filho de Baraquias, que matastes entre o santuário e o altar.
Em verdade vos digo que todas estas coisas hão de vir sobre esta geração.
Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas, e apedrejas os que te são enviados! quantas vezes quis eu ajuntar os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintos debaixo das asas, e tu não quiseste!
Eis que a vossa casa vai ficar-vos deserta
Mateus 23:34-38
OS MÉRITOS DO FILHO

- A resposta à pergunta anterior é: Não!
- Porque somente pelos méritos do seu Filho o homem será salvo e livre da condenação, mas, sobretudo, da inimizade com Deus. 
- Jerusalém já estava condenada ao não ouvir e aceitar o Senhor, tal qual as Escrituras nos diz em João 3.17-19.
- Os homens preferiram a escuridão e as trevas, e elas os destruíram em sua incredulidade. 
- Mas, temos uma grande promessa: Deus nos cobrirá, protegerá e guardará em suas asas.
- Apesar de Jerusalém, amada e um dia restaurada, aquela geração cética rejeitou a proteção do Senhor, acreditando-se capaz de manter a auto-segurança. 
- Em campo aberto, em meio as trevas, sem ter como serem guiados na verdade, sucumbiram à própria pretensão e arrogância. Na autossuficiência não quiseram ver o que lhes era impossível: seriam presas fáceis para si mesmos e seu orgulho.
- Certa vez, em uma conversa, perguntei: Qual o maior resultado da obra redentora de Cristo? A pessoa respondeu-me: "livrar-nos do inferno!" Ao que retruquei: Sim, e não. A maior obra de Cristo foi livrar-nos de nós mesmos!
- E pouco pensamos nisto, pois como afirmou Agostinho (não com estas palavras), o que somos além de pecado e morte?
- O pecado tem uma característica ilusória de fazer o homem acreditar que o bem é mal e o mal é bem. De encobrir suas falhas; de exaltar os seus vícios, sobretudo, o desejo de sangue e morte. 
- Ao rejeitar o Justo, o Santo, o Redentor, está-se condenado; porque quem nega o Filho não tem o Pai, e está entregue à sua própria natureza destruidora. 
- Aos seus eleitos, ele os abrigou. Assim como abrigou o salmista. 


VOLTANDO AO SALMO 91


"A sua verdade será o teu escudo e broquel" (v.4)

- Usando de imagens e metáforas, Deus se revela um guardião do crente, um guerreiro disposto a dar a sua vida por cada um de nós (novamente, foi o que Cristo fez na cruz). 
- Ele não somente nos abriga em suas asas, mas nos protege duplamente. 
- Escudo e broquel (um escudo menor que vai junto ao corpo) nos dá a ideia de uma defesa reforçada, inexpugnável, na vigilância insistente e incessante de Deus. 
- Ele não somente nos protege, mas nos protege com armas poderosas, eficientes e imbatíveis. 
- Nada poderá nos destruir ou atingir. 
- Nada poderá nos separar do amor de Deus em Cristo (Rm 8.35, 37-39).
- Estas são promessas divinas, as quais não podemos negligenciar. Cabe-nos, unicamente, ansiar por uma vida santa e vivê-la. 
- Se somos realmente filhos de Deus, nada, nem o pior inimigo, Satanás  nós mesmos, vencerá esta batalha. Pois ela já foi ganha, alcançada e vencida por Cristo, que a levou a termo por nós. E se realiza e realizará em nossas vidas. Portanto, somos vitoriosos e vencedores nele, por ele, e para ele.


CONCLUSÃO

- Por tudo isto, devemos ser constantemente gratos a Deus, pois como servos inúteis, servimos para a sua glória, pelo poder com o qual nos chamou, nos predestinou, nos restaurou e santificou por todo o sempre. 
- Não nos esqueçamos de agradecer, ainda mais uma vez, pelas infinitas e incontáveis bênçãos.
- A ele, Deus eterno, santo e justo, honra e glória!

Nota: Pregação realizada no Tabernáculo Batista Bíblico, em 03.08.2016
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