segunda-feira, 24 de junho de 2019
sexta-feira, 14 de junho de 2019
segunda-feira, 3 de junho de 2019
Sermão em Josué 1.5-6: Jamais te abandonarei!
Jorge F. Isah
“ Ninguém te poderá resistir, todos os dias da tua vida; como fui com Moisés, assim serei contigo; não te deixarei nem te desampararei.
Esforça-te, e tem bom ânimo; porque tu farás a este
povo herdar a terra que jurei a seus pais lhes daria” (Josué 1.5-6)
INTRODUÇÃO:
- Nunca houve uma geração tão confiante em si mesma, na
autossuficiência, e independência de Deus, do que esta, neste século. Contudo,
nunca se viu pessoas tão fracas também. Que se desmoronam como uma torre de açúcar
em meio a chuva. São facilmente abaladas, e o desespero, acompanhado de doenças
psíquicas, parece a marca mais visível deste tempo.
- As pessoas acreditam, de uma forma geral, no próprio
poder, cuidado, mas, também, nos poderes “sobrenaturais” do dinheiro, do poder,
da imagem, como se estas coisas pudessem realmente ser o sustento e auxílio nos
dias ruins.
- Em Hebreus 13.5, lemos: “Seja a vossa vida livre do amor
ao dinheiro”.
- Sabemos que o amor ao dinheiro é perdição e pecado. O
dinheiro, em si mesmo, não é mau ou bom; o uso que fazemos dele pode ser para o
bem ou para o mal.
- Acontece que algumas pessoas acreditam estarem seguras
pelo que têm ou possuem, confiando que estarão livres de males, sofrimentos e
dores pela fortuna ou poder obtido.
-Por outro lado, esquecem-se de que essas coisas, quando
postas na condição de garantir a segurança e o bem-estar, podem ser a causa de
muitos males.
- Milionários e poderosos são sequestrados e mortos.
- São roubados e mortos.
- Acabam por gastar boa parte do seu dinheiro em jogos,
drogas e orgias, além usarem outra boa parte na defesa do patrimônio e da vida.
Mas ainda assim, morrem, como todo homem.
- E não há dinheiro que subsista diante das traições,
estupidez ou a autoconfiança. Todas essas coisas ruem e caem por terra com a morte,
com as perdas.
- O mundo clama por segurança, assim como clama por justiça,
acreditando possível alcança-las pelo engenho e pela capacidade humana, alheio
a Deus e seus preceitos, esquecendo-se de que o mesmo homem é a causa da
insegurança e da injustiça.
MOISÉS, HOMEM PODEROSO POR DEUS
- Por outro lado, Deus é capaz de estabelecer homens
poderosos, como o caso de Moisés. O relato do capítulo 34 de Deuteronômio, não
deixa dúvidas quanto ao homem que ele foi, poderosamente capacitado pelo Deus
de poder.
- A força e o poder de Moisés emanavam de Deus. Moisés sabia
disso, não se auto exaltava ou gloriava-se do quanto fez, antes buscava servir
a Deus, ansiando pela intimidade com ele.
- Quando Moisés desceu do monte Horebe, refletindo no rosto
a glória de Deus, o povo não pode olhar para ele. Foi preciso cobri-lo com um
pano até que a glória divina, e seu brilho esfuziante, se dissipasse.
- Ler e explicar Dt. 34:
“1. ENTÃO subiu Moisés das campinas de Moabe ao
monte Nebo, ao cume de Pisga, que está em frente a Jericó e o Senhor mostrou-lhe toda a terra
desde Gileade até Dã;
2. E todo Naftali, e a terra de Efraim, e Manassés e
toda a terra de Judá, até ao mar ocidental;
3. E o sul, e a campina do vale de Jericó, a cidade
das palmeiras, até Zoar.
4. E disse-lhe o Senhor:
Esta é a terra que
jurei a Abraão, Isaque, e Jacó, dizendo: À tua descendência a darei; eu te faço
vê-la com os teus olhos, porém lá não passarás.
5. Assim morreu ali Moisés, servo do Senhor, na terra de Moabe, conforme a
palavra do Senhor.
6. E o sepultou num vale, na terra de Moabe, em frente
de Bete-Peor; e ninguém soube até hoje o lugar da sua sepultura.
7. Era Moisés da idade de cento e vinte anos
quando morreu; os seus olhos nunca se escureceram, nem perdeu o seu vigor.
8. E os filhos de Israel prantearam a Moisés trinta
dias, nas campinas de Moabe; e os dias do pranto no luto de Moisés se
cumpriram.
9. E Josué, filho de Num, foi cheio do espírito de
sabedoria, porquanto Moisés tinha posto sobre ele as suas mãos; assim os filhos
de Israel lhe deram ouvidos, e fizeram como o Senhor ordenara a Moisés.
10. E nunca mais se levantou em Israel profeta algum como Moisés, a quem
o Senhor conhecera face
a face;
11. Nem
semelhante em
todos os sinais e maravilhas, que o Senhor o
enviou para fazer na terra do Egito, a Faraó, e a todos os seus servos, e toda
a sua terra.
12. E em toda a mão forte, e em todo o grande espanto,
que praticou Moisés aos olhos de todo o Israel.”
- Josué, homem cheio do Espírito de Deus, sucedeu a Moisés,
liderando Israel. Igualmente, um homem cheio de fé, confiando nas promessas do
Senhor.
AS PROMESSAS DADAS A MOISÉS SE CUMPREM
- Deus promete cumprir em Josué as promessas dadas a Moisés:
“23.Também o Senhor,
de diante de vós, lançará fora todas estas nações, e possuireis nações maiores
e mais poderosas do que vós.
24. Todo o lugar que pisar a planta do vosso pé será
vosso; desde o deserto, e desde o
Líbano, desde o rio, o rio Eufrates, até ao mar ocidental, será o vosso termo.”
(Dt 11.23-24)
-
Josué 1.1-4:
“E SUCEDEU depois da morte de Moisés, servo
do Senhor, que o Senhor falou a Josué, filho de Num,
servo de Moisés, dizendo:
2. Moisés, meu servo, é morto; levanta-te, pois,
agora, passa este Jordão, tu e todo este povo, à terra que eu dou aos filhos de
Israel.
3. Todo o lugar que pisar a planta do vosso pé, vo-lo
tenho dado, como eu disse a Moisés.
4. Desde o deserto e do Líbano, até ao grande rio, o
rio Eufrates, toda a terra dos heteus, e até o grande mar para o poente do sol,
será o vosso termo.“
- A promessa de Deus a Josué é a de
que, assim como ele cuidou de Moisés, cuidaria dele também.
“NINGUÉM TE PODERÁ RESISTIR”
- Ex
3.11-14:
11.“Então
Moisés disse a Deus: Quem sou eu,
que vá a Faraó e tire do Egito os filhos de Israel?
12. E disse: Certamente eu serei contigo; e isto te
será por sinal de que eu te enviei: Quando houveres tirado este povo do Egito,
servireis a Deus neste monte.
13. Então disse Moisés a Deus: Eis que quando eu for
aos filhos de Israel, e lhes disser: O Deus de vossos pais me enviou a vós; e
eles me disserem: Qual é o
seu nome? Que lhes direi?
14. E disse Deus a Moisés: eu sou o que sou. Disse mais: Assim dirás aos filhos de
Israel: eu sou me enviou
a vós.”
- Deus prometeu estar sempre com Moisés, cuidando dele;
- Moisés não confiou em si mesmo; demonstrou humildade; como
líder poderia exigir que os israelenses o ouvissem de qualquer maneira. Ele não
se preocupou com a forma como ele viu Deus, mas como o próprio Deus se apresentou
a ele, levando-o não segundo o seu parecer e vontade, mas segundo a vontade
divina, e na forma como Deus quis ser conhecido.
- O “Deus de vossos pais”, aquele que se apresentou a
Abraão, Isaque e Jacó, o mesmo Deus que sempre cuidou de Israel, e agora
continuará cuidando.
- Se antes era conhecido como o Deus dos patriarcas, agora
queria ser identificado pelo que era: o poderoso “Eu Sou”, aquele que não foi,
nem será, mas sempre é. O Deus imutável e soberano, diante do qual a nação
israelita deveria se curvar e adorar.
- Moisés não questionou a Deus. Não tentou encontrar uma
maneira mais adequada de apresentá-lo ao povo. Ele simplesmente ouviu-o,
declarando-o aos seus conterrâneos tal como se identificou.
- Assim como o Senhor disse a Moisés “Certamente eu serei
contigo”, ele repetiu a mesma promessa a Josué, e se cumpriria na vida do discípulo
de Moisés: “assim serei contigo”.
- Essa deveria ser a certeza na vida de Josué. E como a viu
cumprida na vida de Moisés, pois foi testemunha ocular do cuidado divina para com
o seu mestre, assim ele estava seguro de que a promessa seria realidade em sua
vida.
- Por fé, ele e Moisés creram na promessa e colocaram-se
completamente nas mãos de Deus.
- É o que nos revela Hb 11.24-34:
“24. Pela fé
Moisés, sendo já grande, recusou ser chamado filho da filha de Faraó,
25. Escolhendo antes ser maltratado com o povo de Deus, do que por um pouco de tempo ter o gozo do
pecado;
26. Tendo por maiores riquezas o vitupério,
de Cristo do que os tesouros do Egito; porque tinha em vista a recompensa.
27. Pela fé deixou o Egito, não temendo a ira do rei; porque ficou firme,
como vendo o invisível.
28. Pela fé celebrou a páscoa e a aspersão do sangue, para que o destruidor
dos primogênitos lhes não tocasse.
29. Pela fé passaram o Mar Vermelho, como por terra seca; o que intentando os egípcios, se afogaram.
30. Pela fé caíram os muros de Jericó, sendo rodeados durante sete dias.
31. Pela fé Raabe, a meretriz, não pereceu com os incrédulos, acolhendo em
paz os espias.
32. E que mais direi? Faltar-me-ia o tempo contando de Gideão, e de Baraque,
e de Sansão, e de Jefté, e de Davi, e de Samuel e dos profetas,
33. Os quais pela fé venceram reinos, praticaram a justiça, alcançaram promessas,
fecharam as bocas dos leões,
34. Apagaram a força do fogo, escaparam do fio da espada, da fraqueza
tiraram forças, na batalha se esforçaram, puseram em fuga os exércitos dos
estranhos.”
“ESTAREI CONTIGO”
- Deus não disse
a Josué que ele teria uma vida confortável, segura, sem percalços e livre de
problemas. Ao dizer que estaria com ele não estava assegurando-o de uma vida de
tranquilidade plácida, de bem-estar e afortunada. Não no sentido mormente
conhecido de riquezas e conforto materiais.
- Afirmando
estar com ele, não o desamparando, nem o abandonando, Deus garantia que mesmo
diante das lutas, aflições e angústias da vida, Josué seria próspero e
vitorioso.
- Sim, porque
a vitória não é apenas aquilo que vemos ou tocamos, mas a expectação, a
esperança do porvir.
- A vitória é
termos a presença e o cuidado de Deus em nossas vidas. Seja nas lutas,
provações, incertezas, injustiças e perseguições.
- Os profetas
foram mortos, mas esperaram no Senhor.
- Os
apóstolos foram mortos, mas esperaram no Senhor.
- Cristo
morreu, esperando no Senhor.
- Os santos
morreram, esperando no Senhor.
- Porque a
promessa é: não te abandonarei!
- Não somente
a Josué ou Moisés ou Paulo, mas também para todos nós.
- Esta
promessa é válida para todos os crentes, em todos os tempos, de sorte que não
podemos negligenciá-la, deixando de crer, e esperar, no zelo dedicado do Senhor.
NADA NOS
SEPARA DO AMOR DE CRISTO
- A exortação
de Deus para Josué é “esforça-te e tem bom ânimo”!
- Também o
foi a Moisés.
- Nos é feita
agora, não importa o que você esteja passando. Não importa o sofrimento que
tenha. As lutas pelas quais atravessa. A injustiça, e até mesmo o desânimo, que
o leva as vezes a dizer: “Por que eu, Senhor?”
- A dúvida na
maioria das vezes no soterra, nos joga mais fundo no desânimo, no sofrimento,
na angústia. Ela de nada serve para nós, para o nosso bem. É apenas instrumento
de destruição, de afastamento de Deus, de incredulidade.
- Entretanto,
a promessa do Senhor é clara: nada pode nos afastar do amor de Cristo!
- Pense bem,
agarre-se a esta promessa. Novamente: nada nos afastará do amor de Cristo! É
impossível. Mesmo quando estamos no chão, nocauteados, prostrados, sem
vislumbrar um amanhã vitorioso.
- Mas
lembre-se: o que Deus promete, cumpre! Assim como Moisés provou, e também
Josué, também provamos e provaremos sempre do cuidado e zelo de Deus para
conosco.
- Romanos
8.31-39:
“31. Que diremos, pois, a estas coisas? Se
Deus é por nós, quem será contra
nós?
32. Aquele que nem mesmo a seu próprio Filho poupou, antes o entregou por
todos nós, como nos não dará também com ele todas as coisas?
33. Quem intentará acusação contra os escolhidos de Deus? É Deus quem os
justifica.
34. Quem é que
condena? Pois é Cristo quem morreu, ou antes quem ressuscitou dentre os mortos,
o qual está à direita de Deus, e o que também intercede por nós.
35. Quem nos separará do amor de Cristo? A tribulação, ou a angústia, ou a
perseguição, ou a fome, ou a nudez, ou o perigo, ou a espada?
36. Como está escrito: Por amor de ti somos entregues à morte todo o dia;
somos reputados como ovelhas para o matadouro.
37. Mas em todas estas coisas somos
mais do que vencedores, por aquele que nos amou.
38. Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os
principados, nem as potestades, nem o presente, nem o porvir,
39. Nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá
separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor.”
- Citar o
caso do Pr. Richard Wurbrand, de como foi preso injustamente, apenas por amor a
Cristo, ele e tantos cristãos lançados nas masmorras do regime comunista na
Romênia, por 14 anos, privado da sua liberdade, da sua dignidade, torturado,
vivendo miseravelmente com outros irmãos, vendo-os perecer cruelmente pelas
mãos dos seus algozes, jamais negou o Senhor, e manteve-se ativo, de tal forma
que, entre os soldados, alguns se converteram.
- Assim como
Paulo fez entre os soldados romanos.
- Assim como,
neste momento, irmãos chineses, norte-coreanos, entre outros, têm suas igrejas
destruídas, são presos, torturados e mortos por um único motivo: não são
capazes de negar o amor que Cristo devotou-lhes, e como o seu Senhor, sofrem
perseguições, ofensas e injúrias, na esperança viva de estarem sempre sobre os
cuidados de Deus.
- Nos países
islâmicos, ser cristão é sentença de humilhação e morte. Mas os que são de
Cristo, não o negam, e entregam a própria vida em louvor e culto e adoração.
CONCLUSÃO
- Pode
parecer um conto-de-fadas, estórias da carochinha, mas os relatos dos mártires,
antigos e modernos, estão aí, para não me deixar mentir.
- Você pode
dizer, mas essa não é a minha realidade. Há outros tipos de lutas e
perseguições, sejam no trabalho, na escola, na comunidade, na minha própria
casa, que me parecem insuportáveis.
- Sei que é
mais fácil citar os grandes exemplos, daqueles homens e mulheres e crianças
abnegadas que entregaram tudo, inclusive a própria vida, por amor do Senhor.
- Mas até que
ponto estamos preparados para entregar um centésimo da nossa vida? Um décimo da
nossa vida? Podemos abrir mão de algumas horas, de algumas distrações, de alguma
diversão, descanso ou de outras coisas que consideramos importantes,
deixando-as, ainda que momentaneamente, para servir a Cristo? Como o próprio
Senhor disse:
“Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome cada dia a sua cruz, e siga-me.
Porque, qualquer que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á; mas qualquer que, por amor de mim, perder a sua vida, a salvará.” (Lc 9.23-24)
- Não estamos nos tornando
em vítimas de nós mesmos? Ao deixamos que os problemas e aflições, as vezes não
tão agudos, nos afaste de Deus, e nos arraste para a autopiedade?
- A
incredulidade é isso, é olharmos para nós mesmos, e esquecer-nos de olhar para
Deus. A incredulidade é quando não há mais ninguém além de nós mesmos.
- Algo
verdadeiro é de não podemos encontrar solução que nos faça vencer (não uma
vitória momentânea e fugaz) sem olharmos fixo para Cristo, e nele depositarmos não
somente a esperança de tempos gloriosos, mas também de que as agruras e
sofrimentos são a glória, não minha ou sua, mas de Deus.
- Então, não
importa o momento no qual esteja vivendo, pelo qual esteja passando, se suas
lutas parecem maiores do que a sua força, pois certamente o homem sucumbirá,
mais cedo ou tarde, à sua fraqueza, não desanime ou entregue-se à descrença. Mantenha-se
firme na fé, peça ao Senhor para aumenta-la, para auxiliá-lo e fortalece-lo,
pois Deus é o único capaz de cuidar de nós, muito melhor do que nós mesmos
podemos.
- Deixe o
Senhor guia-lo ao triunfo, apenas não desanime, persista em crer; assim como
Moisés e Josué, homens pelos quais Deus fez maravilhas, a vitória não
acontecerá mas já aconteceu, naquela cruz, há mais de 2.000 anos, quando Cristo
levou sobre si as nossas dores, pecados e mortes, o amor venceu! Contra tudo e
todos! O amor venceu!... O amor venceu!
- Para
terminar, um pequeno trecho escrito por Santo Agostinho, sobre o Deus que
devemos amar, e crer, e confiar:
“Amo somente a ti, sigo somente a ti, busco somente a ti, estou disposto a servir somente a ti e desejo estar sob a tua jurisdição, porque somente tu governas com justiça. Manda e ordena o que quiseres, mas sana e abre meus ouvidos para ouvir tuas palavras; sana e abre meus olhos para enxergar os teus acenos. Afasta de mim a ignorância para que eu te reconheça. Dize-me para onde devo voltar-me para ver-te e espero fazer tudo o que mandares. Suplico-te: recebe teu fugitivo, Senhor e Pai clementíssimo; já sofri muito; já servi demais aos teus inimigos, os quais sujeitas sob teus pés; por muito tempo fui ludibriado por falácias. Recebe-me, que sou teu escravo fugindo deles, que me receberam, estranho a eles, quando eu fugia de ti. Sinto em mim que devo voltar a ti. Abrase tua porta para mim, que estou batendo. Ensina-me como chegar a ti. Nada mais tenho que a vontade. Nada mais sei senão que se deve desprezar as coisas passageiras e transitórias e procurar o que é certo e eterno. Faço-o, Pai, porque é a única coisa que sei; porém, ignoro como chegar a ti. Ensina-me, mostra-me, oferece-me as provisões para a viagem. Se é com a fé que te encontram os que se refugiam em ti, dá-me fé; se é com a força, dá-me força; se é com a ciência, dá-me ciência. Aumenta em mim a fé, aumenta a esperança, aumenta o amor. Ó admirável e singular bondade tua!" (Solilóquios, página 19)
segunda-feira, 27 de maio de 2019
quinta-feira, 16 de maio de 2019
segunda-feira, 6 de maio de 2019
sábado, 4 de maio de 2019
Sermão em Êxodos 12.10-13: A Liberdade do Povo de Deus
Jorge F. Isah
A)INTRODUÇÃO
- Páscoa secular – Festa pagã originária da deusa babilônica da fertilidade, Ishtar, por isso a relação entre os ovos e coelho
- Páscoa é a maior festa cristã, e a palavra significa “passagem”, do hebraico “Pêssach”
- Fazer um resumo, a partir da venda de José pelos seus irmãos aos mercadores, até o momento em que Israel é escravizado pelos Egípcios.
B) DEUS, O LIBERTADOR
- A condição de escravidão do povo Judeus e o nascimento de Moisés– Ex 2.1-10
- Moisés viveu como egípcio por quase 40 anos
- Se casou com uma midianita chamada Zípora, filha de Jetro, e teve 2 filhos.
- Deus ouviu o clamor do povo de Israel – Ex 2.23-25
- Deus escolheu Moisés para ser o instrumento libertador do seu povo – Ex 3.6-10
- Sabemos que o Senhor lançou 10 pragas sobre o Egito – Ex 7 a 11
- E ainda assim o coração do Faraó se endureceu, e não libertou o povo de Deus, como deveria.
C) A MORTE DOS PRIMOGÊNITOS
- A última praga lançada por Deus sobre o Egito seria a morte de todos os primogênitos egípcios, tanto dos homens como dos animais – Ex 11.4-7
D) O CORDEIRO DE DEUS
- Voltando ao trecho original desta pregação, encontramos nele parte dos preceitos necessários para se realizar a Páscoa.
- O rito pascal é uma sombra daquilo que Cristo viria realizar.
- Leitura do Verso 5 – comparar com João 1.29
- Cristo é o cordeiro de Deus perfeito.
- Nem bodes, nem ovelhas ou cabritos podem expiar o pecado.
- Apenas o sacrifício perfeito do Filho de Deus pode limpar o homem dos seus pecados e torna-lo em nova criatura.
Verso 11:
- “Lombos cingidos”, “sapatos ou sandálias nos pés”, “Cajado na mão” e “Comer apressadamente” , nos remete à ideia de uma pessoa que sairá para uma longa jornada, e deve estar devidamente preparado para enfrenta-la.
- Deus passaria sobre o Egito, a fim de libertar o seu povo, e deveriam comer apressadamente.
- A ideia geral é de urgência, de preparação, de que o povo seria liberto da escravidão e receberia a terra que mana leite e mel.
- O cordeiro é o alimento, e toda a casa deveria comê-lo.
- Cristo é o alimento do crente. Não literalmente, como pregam os católicos, mas o alimento espiritual. Aquele que transforma e sustenta o seu povo.
E) ISRAEL SE PREPAROU
Verso 12
- Israel se preparou para aquele momento.
- Nenhum de entre o povo se descuidou ou negligenciou a ordem divina
- Ao contrário dos egípcios, os feitos anteriores de Deus não foram suficientes para que cressem. Mesmo diante da grandiosidade das pragas, eles não creram, confiando em seus próprios méritos, na força, no poder, na armada do exército.
- A dureza dos seus corações era fruto da incredulidade, da inimizade com Deus.
- Incapazes de reconhecerem o seu senhorio, afrontavam-no com a recusa em libertar os judeus.
- Falar sobre a questão do conhecimento, como algo não íntimo, mas do verdadeiro conhecimento que é a intimidade com Deus. E é ela quem leva o homem a temer e se sujeitar ao seu senhorio.
- O Senhor então lançou novo juízo sobre o Egito.
- Os egípcios simbolizam todos os incrédulos e inimigos de Deus em todos os tempos.
Ler João 3.1-8
F) O SANGUE DO CORDEIRO É LIBERTADOR
- “Aquele sangue...”
- O sangue seria aplicado nos umbrais e na verga das portas.
- Em sinal de proteção.
- O Sangue de Cristo liberta da morte.
- O sangue dos cordeiros libertou o povo da espada de Deus .
- O sangue de Cristo é libertador, não porque possibilita a salvação daquele que crê, mas porque é efetivo em salvar aquele que crê, que não pode descrer, e voltar novamente ao cativeiro, mas é para sempre liberto do pecado e da morte por Cristo.
- Cristo e seu sacrifício perfeito é a maior de todas as dádivas de Deus. Ele doou o seu Filho para constituir para si um povo, uma família. Rm 5.6-8
G) CONCLUSÃO
- Cristo é a salvação. O verdadeiro cordeiro pascal.
- Cristo é o cordeiro sem manchas ou pecado, e o único capaz de expiar e salvar o homem, justificando-o diante de Deus.
- Ele é o justo morrendo pelos injustos; o santo que deu a sua vida por amor da vida daqueles por quem morreu na cruz. Ele é o perfeito transformando homens imperfeitos em perfeitos como ele é. Ele é a vida extirpando a morte. Ele é o alimento eterno que sacia completamente a fome.
- Como foi dito, ele é o Salvador e Senhor de todo aquele que crê.
- Cristo é o pão, a água que nos alimentará por toda a eternidade.
- Cristo é a nossa pascoa, porque, por ele passamos definitivamente da morte para a vida; da inimizade com Deus para a reconciliação com Deus; de uma vida de ofensas a ele para uma vida em que o glorificamos.
- Portanto, honra, louvor e glória a ele, para todo o sempre! Amém!
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