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segunda-feira, 14 de novembro de 2016
segunda-feira, 7 de novembro de 2016
domingo, 30 de outubro de 2016
Esboço de Sermão em Salmos 93.1-4: "O Senhor reina!"
Jorge F. Isah
1) INTRODUÇÃO:
-
A primeiro afirmação que o
salmista nos faz é a de que o “Senhor reina”!
-
Não há qualquer
questionamento em relação à existência divina; isto é visto e pautado como um
fato pelo escritor; ao reinar, ele existe; existe porque reina e reina porque
existe.
-
Da mesma forma, não há
qualquer tentativa de provar ou defender a existência de Deus; o salmista tem,
por princípio, fundamento e pressuposto, o fato de que Deus existe, como
verdade absoluta e insofismável.
-
Nenhum outro autor ou texto
da Escritura se preocupa com esta questão. Todos partem da afirmação ou
assertiva de que Deus existe; isto é um fato, não uma hipótese ou possibilidade.
-
No primeiro verso de Gênesis
pode-se já, de início, perceber, entender, e crer, nessa constatação, pois está
escrito:
“No princípio criou Deus os
céus e a terra” (Gn 1.1)
-
Nela está contida a
preexistência divina antes de ele criar tudo o que há pelo seu poder.
-
O irmão consegue imaginar
como Deus é poderoso, criativo e perfeito?
-
Se vislumbrarmos uma pétala
de flor (algo visível ao homem), em sua beleza, fragilidade, pequenez e
exclusividade, assim como o poder, esplendor e grandiosidade de uma estrela, é
impossível não se maravilhar com o poder, diversidade e perfeição de tudo aquilo
ao qual Deus fez, criou, por sua exclusiva vontade.
-
Existem outros componentes
como o amor, a providência e a sabedoria divina em todas as criaturas, que
refletem em maior ou menor grau a sua maravilhosa engenhosidade como designer.
-
Por mais que o homem seja
criativo (e ele é, como reflexo do próprio atributo divino que nos foi
imputado), nada se compara ao mundo pensando e colocado em prática pelo Senhor.
-
E esse é um fato, uma
certeza, porque o homem traz dentro de si a imagem divina ou “Imago dei” (Gn 1.16-27)
Mesmo corrompida pelo pecado, essa imagem está viva no homem, gritando dentro
dele; e ela não se cala, pois a própria luta de alguns em negá-la se converte
na prova de que é necessário apagar aquilo que de mais vivo há no homem para
que ele possa se manter morto. A negação de Deus se converte na melhor forma de
suicidio espiritual, na morte, no aniquilamento de si mesmo, a fim de encobrir
as impressões divinas deixadas no ser humano.
-
O homem, por mais cético que
seja, e por mais que permaneça em sua intransigente teimosia, jamais poderá,
sinceramente, destruir a imagem de Deus sem aniquilar-se a si mesmo, e em seu
lugar colocar um “monstro”, alimentado pelo pecado.
2) QUEM É O SENHOR?
-
Em um mundo onde há uma
profusão de deuses (criados à imagem e semelhança do homem caído); a época do
salmista não era diferente, e em meio a tantos ídolos ele afirma
categoricamente: o Senhor reina!
-
Mas, quem é esse Senhor?
-
Ele não é feito de barro,
madeira, metal, nem esculpido pelas mãos humanas. Ele é Espírito, e como tal,
não pode ser simbolizado por formas daquilo que vemos, pois ele não pode ser
visto por olhos naturais.
-
Diferente dos deuses pagãos
(sejam hindus, gregos, romanos, ou de outra cultura qualquer), ele não está
circunscrito aos mares, ao fogo, à terra ou ao ar. Nem mesmo às estrelas.
-
Ele não é um Deus limitado,
que precisa ser carregado, que está preso em um lugar, um elemento ou esfera da
criação, como os falsos deuses. Ele é infinito, onipresente, e, portanto, está
em todos os lugares.
-
O Senhor não é um Deus
impessoal, que criou o universo e todas as coisas para abandoná-las, como um
espectador assistindo a história passar diante de si passivamente. Não. O
Senhor é o Deus ativo, por quem tudo veio a existir, e sem o qual nada
existiria e subsistiria. Ele governa plantas, animais, homens, os elementos, os
astros, e toda a sua criação, sem que nada aconteça alheio à sua vontadee ordem.
-
Muito menos um Deus fraco,
impotente, sujeito à vontade de suas criaturas, incapaz de controlar a sua própria
criação; um Deus de mãos atadas.
-
O salmista descreve, em seus
poucos versos, o Deus Todo-Poderoso, Senhor de tudo e de todos, ao qual ninguém
pode resistir.
-
Sua vontade é soberana, e
seu reino é eterno.
3) REINO ETERNO E IMUTÁVEL:
-
A Bíblia afirma que Deus é
um, subsistindo na forma de três pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo (Mt
3.13-17).
-
Não faremos um estudo sobre
a Trindade, não é este o tema do Salmo, mas é preciso que o Senhor seja
identificado como tal, como ele é.
-
Novamente, voltemos à
afirmação inicial do salmista: Ele reina!
-
Ao contrário de tantos reis
e monarcas que são alçados e destituídos dos seus tronos, Deus reina; ele não
reinou apenas, em um tempo remoto, ou reinará em um futuro distante, mas ele
reina! O verbo está na sua forma intransitiva, indicando não necessitar de
complementos, sendo, em si mesmo, completo, pronto, acabado.
-
Por isso, podemos afirmar
que o seu reino é imutável; o seu reinado é indestrutível.
-
O seu reino existe porque
ele o criou, por seu poder e vontade absoluta,
suprema. Não existe qualquer
condição para o seu reinado, a não ser o fato de ele ser o rei, o soberano
pleno.
-
O seu reino não está
circunscrito a uma região, país ou determinada área, povo ou etnia, mas sobre
tudo e todos indistintamente.
-
O seu reino existe para
refletir a sua glória, a glória eterna que possui.
-
O Senhor é rei eterno,
ninguém o entronizou, assim como ninguém o destituirá. Ele está revestido de
majestade, da glória que sempre teve consigo e da qual não pode se separar.
-
Assim, o seu poder é eterno
e inerente ao seu ser eterno, não é algo que lhe foi dado e que lhe pode ser
tomado; não é algo de que se arrependa ou despreze, porque ele é assim, e assim
será.
-
Sendo ele imutável, também é
imutável o seu poder, glória, reino e majestade. Tudo é intocado e intocável,
pois não há nada maior do que o Senhor.
-
Da mesma forma, o seu eterno
decreto, ou seja, a sua vontade soberana e imutável não transige, nem pode ser
abalada. Ela está firmada nele, e como uma rocha é indestrutível.
4) CRISTO: O SENHOR VÍSIVEL
-
Existe uma ideia equivocada
de que Deus é Senhor apenas daqueles que se convertem a ele, mas a verdade é
que a Biblia nos revela Deus como aquele que governa, rege, todas as criaturas,
sem que nenhuma delas escape ou fuja do seu poder.
-
Muitos se recusam a
reconhecer o seu senhorio, como se o fato de eu não gostar de azul pudesse
mudar a cor do céu.
-
Por isso, Paulo nos diz,
àcerca de Cristo: ler Filipenses 2. 5-11
-
O fato de não aceitar o
senhorio de Cristo, não o impede de ser Senhor, pois ele é, a despeito da minha
rebeldia e insensatez, Senhor!.
-
Então, Quando lemos o relato
de que todo joelho se dobrará diante de Cristo, e toda língua confessará que
ele é Senhor, não há margem para ninguém, nem mesmo o diabo e seus anjos,
estarem fora dessa lista, não estarem subordinados a Cristo.
-
Se ao passo em que o crente
regenerado o faz por amor e gratidão, os ímpios o farão pelo irresistível poder
divino de sujeitar todos debaixo do seu poder, da sua autoridade; não haverá
como satanás e seus servos não se curvarem e se sujeitarem ao senhorio de
Cristo.
-
Nem há como discutir o fato
de ele ser a expressa imagem de Deus, o Deus revelado, visível.
-
Mas nada disso acontece
porque nos aproximamos dele, o amamos primeiro, então, Deus, em reciprocidade,
reconhecendo o nosso esforço e aceitação, nos ama e se aproxima de nós. Não.
Foi ele quem nos amou primeiro, eternamente, e por causa do seu amor é que o
amamos (1Jo 4.19).
-
Cristo, pelo poder de sua
palavra, mantém todas as coisas em ordem, ainda que para nós, em nossa
arrogância e tolice, consideremo-nas caóticas e frágeis (Hb 1.1-3)
-
E é nesta palavra que
Estamos firmados. Em Cristo, o verbo eterno, existimos, vivemos, nos movemos,
para a sua glória.
-
Ler João 1.1-5
5) CONCLUSÃO:
-
Este Salmo aponta
diretamente para Cristo. Na verdade, toda a Escritura aponta para ele. Ao ponto
em que, creio, o Pai e o Espírito Santo se alegram e são glorificados quando o
Filho é glorificado; ao passo em que, caso o Filho não o seja, nem o Pai e o
Espírito o serão.
-
Ele nos liga, de maneira
sobrenatural, maravilhosa, a Deus; pois sendo Deus, se humilhou e assumiu a
forma humana, fazendo-se um de nós, para nos tornar agradáveis ao Pai.
-
Portanto, como está escrito:
tudo é por Cristo, para Cristo e em Cristo (Rm 11.36)
-
Glória eterna ao Rei dos
reis e Senhor dos senhores!
sábado, 22 de outubro de 2016
ESBOÇO EM SALMOS 91.15-16: “A LONGEVIDADE DA SATISFAÇÃO”
Jorge F. Isah
INTRODUÇÃO
- Em nossa última meditação e exposição sobre este Salmo, vamos analisar mais alguns aspectos da promessa divina expressa nos últimos dois versos.
- Em meio a tantas promessas, nas quais Deus nos assegura que protegerá, sustentará, fortalecerá e, providentemente, nos guiará em seus santos caminhos, ouvirem de sua boca uma derradeira declaração de amor e zelo para com o seu povo, a qual nos encherá da mais vida esperança.
- Vamos pensar, um pouco mais, sobre a suficiência de Deus na vida do crente, e os aspectos eternos da relação do Deus eterno com o seu povo eternamente escolhido para ser seu.
DEUS SEMPRE RESPONDE
- Deus promete que nos responderá. É um fato! Mas como se dá essa resposta? Será no sentido dele sempre atender às nossas demandas, conforme a nossa vontade?
- Ou a resposta divina vai muito mais além do que o nosso imediatismo e veleidade (vontade inútil, imperfeita) nos leva a invocá-lo?
- Sabemos que a vontade divina, seus atos, e, também, suas respostas, são santas, Justas, perfeitas e eternas, enquanto, inúmeras vezes, queremos apenas que Deus se conforme à nossa vontade, que ele as satisfaça, cuja volição sempre está contaminada (ainda que em porções mínimas) pelo pecado.
- Portanto, sendo Deus perfeito, soberano sobre todas as coisas e sobre todos, ele não se sujeitará as suas criaturas; não se sujeitará à imperfeição, muito menos aos nossos pedidos carnais, transitórios e egoístas.
- Com isso, não estou dizendo que o crente não pode pedir e invocá-lo para coisas justas e santas. Não é isto. Porém, certamente, se o nosso pedido não estiver em sintonia com a vontade divina não passará de um mero veículo para os nossos prazeres imperfeitos e viciosos.
- Por que o Senhor deveria satisfazer-nos em algo que está distante dele, o qual abomina e nos escraviza, impedindo-nos de reconhecer, apenas nele, a suficiência da vida?
- Bem, a resposta divina nem sempre estará em harmonia e conformidade com a nossa vontade ou pedido; ou seja, a resposta nem sempre será nos nossos termos, mas nos termos divinos.
- A promessa é de que ele responderá, revelando-nos não ser ele “um deus” passive, distante ou indiferente ao clamor do seu povo.
- Contudo, antes de ouvirmos a sua resposta é necessário pedir, suplicar, invocá-lo.
- Qual o significado de “invocar”? Ela se apresenta como um chamado, um pedido de auxílio, de proteção, uma súplica, um rogo.
- Invocar a Deus é chamá-lo em nosso auxilio; é um pedido de socorro.
- Esse pedido pode ser de qualquer coisa ou nível.
- A garantia é a de que Deus não fará “ouvidos moucos”, ou ficará surdo ao nosso clamor.
- Entretanto, não há a garantia de que a resposta será conforme o pedido, porque o Senhor vê muito além da mera transitoriedade.
- Em 2 Co 12.7-9, lemos:
- Em nossa última meditação e exposição sobre este Salmo, vamos analisar mais alguns aspectos da promessa divina expressa nos últimos dois versos.
- Em meio a tantas promessas, nas quais Deus nos assegura que protegerá, sustentará, fortalecerá e, providentemente, nos guiará em seus santos caminhos, ouvirem de sua boca uma derradeira declaração de amor e zelo para com o seu povo, a qual nos encherá da mais vida esperança.
- Vamos pensar, um pouco mais, sobre a suficiência de Deus na vida do crente, e os aspectos eternos da relação do Deus eterno com o seu povo eternamente escolhido para ser seu.
DEUS SEMPRE RESPONDE
- Deus promete que nos responderá. É um fato! Mas como se dá essa resposta? Será no sentido dele sempre atender às nossas demandas, conforme a nossa vontade?
- Ou a resposta divina vai muito mais além do que o nosso imediatismo e veleidade (vontade inútil, imperfeita) nos leva a invocá-lo?
- Sabemos que a vontade divina, seus atos, e, também, suas respostas, são santas, Justas, perfeitas e eternas, enquanto, inúmeras vezes, queremos apenas que Deus se conforme à nossa vontade, que ele as satisfaça, cuja volição sempre está contaminada (ainda que em porções mínimas) pelo pecado.
- Portanto, sendo Deus perfeito, soberano sobre todas as coisas e sobre todos, ele não se sujeitará as suas criaturas; não se sujeitará à imperfeição, muito menos aos nossos pedidos carnais, transitórios e egoístas.
- Com isso, não estou dizendo que o crente não pode pedir e invocá-lo para coisas justas e santas. Não é isto. Porém, certamente, se o nosso pedido não estiver em sintonia com a vontade divina não passará de um mero veículo para os nossos prazeres imperfeitos e viciosos.
- Por que o Senhor deveria satisfazer-nos em algo que está distante dele, o qual abomina e nos escraviza, impedindo-nos de reconhecer, apenas nele, a suficiência da vida?
- Bem, a resposta divina nem sempre estará em harmonia e conformidade com a nossa vontade ou pedido; ou seja, a resposta nem sempre será nos nossos termos, mas nos termos divinos.
- A promessa é de que ele responderá, revelando-nos não ser ele “um deus” passive, distante ou indiferente ao clamor do seu povo.
- Contudo, antes de ouvirmos a sua resposta é necessário pedir, suplicar, invocá-lo.
- Qual o significado de “invocar”? Ela se apresenta como um chamado, um pedido de auxílio, de proteção, uma súplica, um rogo.
- Invocar a Deus é chamá-lo em nosso auxilio; é um pedido de socorro.
- Esse pedido pode ser de qualquer coisa ou nível.
- A garantia é a de que Deus não fará “ouvidos moucos”, ou ficará surdo ao nosso clamor.
- Entretanto, não há a garantia de que a resposta será conforme o pedido, porque o Senhor vê muito além da mera transitoriedade.
- Em 2 Co 12.7-9, lemos:
“E, para que não me exaltasse pela excelência das revelações, foi-me dado um espinho na carne, a saber, um mensageiro de Satanás para me esbofetear, a fim de não me exaltar.
Acerca do qual três vezes orei ao Senhor para que se desviasse de mim.
E disse-me: A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, me gloriarei nas minhas fraquezas, para que em mim habite o poder de Cristo”.
Acerca do qual três vezes orei ao Senhor para que se desviasse de mim.
E disse-me: A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, me gloriarei nas minhas fraquezas, para que em mim habite o poder de Cristo”.
- Ora, podemos afirmar que Deus respondeu a Paulo? E Paulo foi atendido?
- Sim, para ambas as perguntas, ainda que Paulo não tenha conseguido aquilo que pediu, mas obteve algo muito maior e melhor.
- Houve um rogo, uma invocação: Paulo tinha um espinho na carne, algo que o afligia, o angustiava e incomodava. Por três vezes pediu a Deus para tirá-lo.
- Muitos afirmam ser uma doença (provavelmente a cegueira), o que parece mais provável do que a afirmação de outros de que era um pecado.
- A resposta do Senhor foi tirar-lhe o espinho? Não. Qual foi então?
- Ele disse: A minha graça te basta!
- A sua resposta não foi conforme o pedido do apóstolo. Ele queria se ver livre do que o afligia, mas Deus tinha por propósito revelar-lhe que, mesmo no sofrimento e na dor, Paulo deveria se satisfazer apenas no Senhor, em confiança, em fé, em esperança.
- E essa é a sua resposta: por mais que os dissabores desta vida nos cerquem, nas horas mais densas, negras e terríveis, onde supomos estar abandonados, entregues à própria sorte, Deus estará conosco, acalmando-nos o coração, trazendo-nos paz!
- Ao dizer: “minha graça te basta”, ele estava dizendo a Paulo: satisfaça-se em mim, e nada te faltará, pois nada é mais necessário para a sua satisfação e felicidade do que eu.
NÃO OS ABANDONAREI
- Por isso, Deus disse, também: “estarei com ele na angústia; dela o retirarei, e o glorificarei”.
- Parece cada vez mais difícil, mesmo entre os cristãos, nos dias de hoje, entender as coisas além deste mundo. As pessoas estão tão envolvidas consigo mesmas, com as coisas transitórias e temporais, que se esquecem das eternas, e do Deus eterno.
- Somos imediatistas, e vislumbramos quase sempre apenas os nossos umbigos ou a ponta do nariz.
- Tudo tem de ser feito hoje, agora, e não podemos esperar, ter paciência, aguardar no Senhor. Como crianças mimadas se não recebemos o que queremos, damos os “chiliques”, nos desesperamos, ainda que seja apenas uma histeria interior.
- Murmuramos e jogamos a culpa nos outros ou em Deus, por nossos dissabores, pela aflição e sofrimentos que têm como causa a nossa inimizade ou desobediência ao Senhor.
- No entanto, Deus nos dá uma garantia, e a certeza de que a cumprirá: estarei com você!
- Mesmo que a situação descambe para o desagradável, para o sofrimento, para a dor máxima: Deus nos responderá e estará conosco!
- E sua resposta pode ser atendendo ao nosso clamor ou, como no caso de Paulo, revelar-nos que somos suficientes nele, seja na morte ou na vida, na alegria ou na dor, no conforto ou na miséria.
- Não queremos ouvir isso, mas isso em si mesmo, deveria ser suficiente para nos satisfazer e alegrar.
ELE NOS GLORIFICARÁ
- Assim como o apóstolo se gloriou em suas fraquezas, para que o poder transformador e consolador de Cristo habitasse nele, assim o salmista tem a certeza de que será glorificado, tal qual acontecerá conosco, também.
- Deus responde ao salmista e a nós!
- Ao retirar de nós a angústia, mesmo que o mal persista, Deus cumpre a promessa de não nos abandonar, de ser o nosso refúgio e fortaleza; para que depositemos em suas mãos a nossa vida, e buscarmos nele o nosso esconderijo.
TEREMOS LONGURA DE DIAS
- Em outra tradução, longura de dias, no verso, significa: “saciá-lo-ei com longevidade”
- Tanto longura como longevidade são características do que é longo. Aqui identificando que Deus dará longos dias, prolongando-os.
- Porém, nos leva a pensar: todo o crente viverá muitos anos? É isso?
- Bem, se analisarmos a vida do Senhor Jesus, neste mundo, ela não durou mais do que 33 anos. Cristo não estaria, então, fora da promessa divina?
- Por outro lado, à época de Cristo, a expectativa de vida de um homem era, em média, 30 anos. Se Abraão, Isaque e Jacó viveram próximos dos 100 anos, o mesmo não acontecia 2.000 anos depois. Hoje, alguém que morre aos 40 anos é considerado jovem, e sua morte prematura.
- Mas estaria Deus prometendo longevidade temporal? E como entender a morte de servos fiéis em tenra idade?
- Pois bem, a questão não pode ser de anos literais ou tomados ao pé-da-letra, mas o verso trata de dar um desfecho a todo o Salmo 91, o qual é, em um dos pontos mais fortemente destacados, a suficiência do crente em Deus e sua glória, e a consequente satisfação do crente.
- Um ímpio, ainda que viva 500 anos não estará satisfeito. Nem aos 10, 20, 40, e mesmo que viva para sempre. Não há nele o Espírito Santo, logo, não pode se satisfazer no Senhor.
- Ao contrário, o crente, que tem a sua vida posta nas mãos de Deus e nele confia, e espera, ainda que viva pouco, e mesmo de maneira aflitiva, sendo perseguido e em dores, considerará a sua vida suficiente, e estará satisfeito com ela.
- O suicídio é a prova de que nem mesmo a vida pode satisfazer o homem, a multidão de anos não o satisfaz a ponto dele ansiar a morte.
- Citar a vida de David Brainerd, como exemplo de um jovem que serviu ao Senhor e satisfez-se nele, mesmo na pouca vida de anos.
- A "longura” é um estado de existência em comunhão, a serviço, e escondido, abrigado, em Deus.
- Sendo Deus eterno, e tendo ele nos escolhido na eternidade, nossos dias são longos nele, e podemos dizer que estaremos nele, protegidos, para todo o sempre.
- A suficiência não está nos muitos anos em que contamos, neste mundo, mas na eternidade incontável; guardados e salvos naquele que é o Eterno, Bom e Gracioso Deus.
- Mostrando que nele, apenas nele, é possível ter vida longa, pois a morte não mais significa nada, porque estamos em Cristo, unidos eternamente, indissociáveis. Para sempre!
CONCLUSÃO
- Para terminar, Deus nos mostra a salvação. E ela não é outro senão Cristo.
- Nele está contido o nosso perdão, a regeneração de nossas almas, a glorificação e satisfação. Em Cristo, somos benditos do Pai, e estamos seguros.
- E o vislumbrar da salvação nos revela a longura de dias, os dias de plena satisfação, quando não mais haverá dor, angústia e aflição.